segunda-feira, 31 de março de 2008

Insônia

Dormir pouco eleva risco de danos a saúde como obesidade, infarto e derrame

Publicada em 29/03/2008 O Globo Online

RIO - A privação parcial crônica do sono, situação comum hoje em dia, seja por insônia, ou numa situação voluntária, para aproveitar mais horas de lazer, acarreta danos físicos e emocionais ao corpo, que vão além do risco de obesidade, indica reportagem de Antônio Marinho, publicada na edição do Globo deste domingo (leia o texto na íntegra, no Globo Digital , exclusivo para assinantes).

Nos últimos 40 anos, a população perdeu 25% do tempo total de sono. Só para se ter uma idéia dos prejuízos à saúde, estudo da Universidade de Warwick e da University College London mostrou que a redução do tempo de sono de sete para cinco horas dobra o risco infarto ou derrame. Outro estudo, da Universidade de Chicago, sugere que noites maldormidas causam resistência à insulina e aumentam o risco de diabetes tipo 2.

Mulheres que enfrentam tripla jornada correm mais riscos. Estudo americano da Fundação Nacional de Sono indicou que 46% das mulheres têm problemas para dormir em "todas ou quase todas as noites".

Além disso, dizem os especialistas, que adolescentes que optam por ficar por mais tempo na internet e vão para a cama mais tarde, quando exaustos e depois de já terem dispensado as "janelas para o sono", as oportunidades de sonolência natural para o início do descanso, terão problemas de saúde. Isso porque o ritmo circadiano perde sincronia, o que desencadeia uma cascata de eventos, que vai desde a perda da quantidade e qualidade de sono, a ocorrência de outros distúrbios, como a síndrome da apnéia, conforme alerta Gleison Guimarães, especialista em pneumologia e medicina do sono.

Mas a insônia, que atinge e angustia 50% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), pode ser curada e sem a dependência de remédios. Especialistas recomendam a 'higiene do sono' , que reúne uma série de medidas que ajudam a pessoa a adormecer.

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