O Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn/UFPE) está com inscrições abertas para o curso de especialização em Tecnologia da Informação, direcionado às áreas de Banco de Dados e Engenharia de Software. A formação tem como público-alvo profissionais em informática sem formação na área ou que tenham formação há algum tempo, engenheiros, economistas, administradores e pessoas que se dedicam ao ensino da informática e não têm formação inicial na área.
O curso tem carga horária de 360 horas, excluindo a monografia ou o trabalho de conclusão. Para inscrições ou outras informações, procurar a Secretaria de Extensão e Especialização do CIn, ou pelo e-mail mn@cin.ufpe.br, ou ainda pelo telefone (81) 2126.8430, ramais 4070 e 4071.
Da Redação do PERNAMBUCO.COM 31/03/2008
segunda-feira, 31 de março de 2008
Vinho da região é tema de mestrado
UFPE
Publicado em 31.03.2008 - Jornal do Commercio
Uma boa oportunidade para os químicos que desejam estudar os vinhos da região. O Programa de Pós-Graduação em Química da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) abriu inscrição, até o dia 11 de abril, ao processo de seleção para preenchimento de uma vaga no mestrado, para uma bolsa disponível com implementação imediata neste primeiro semestre de 2008. A bolsa de mestrado refere-se a um projeto aprovado na Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) que visa realizar pesquisas utilizando técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) para investigação dos vinhos produzidos na região do Vale do São Francisco. Mais informações: (81) 2126-8448, nos emails pgquimica@ufpe.br e paraiso@ufpe.br ou no site http://www.dqf.ufpe.br/pos-graduacao/inscricao-no-programa, e www.dqf.ufpe.br.
Publicado em 31.03.2008 - Jornal do Commercio
Uma boa oportunidade para os químicos que desejam estudar os vinhos da região. O Programa de Pós-Graduação em Química da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) abriu inscrição, até o dia 11 de abril, ao processo de seleção para preenchimento de uma vaga no mestrado, para uma bolsa disponível com implementação imediata neste primeiro semestre de 2008. A bolsa de mestrado refere-se a um projeto aprovado na Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) que visa realizar pesquisas utilizando técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) para investigação dos vinhos produzidos na região do Vale do São Francisco. Mais informações: (81) 2126-8448, nos emails pgquimica@ufpe.br e paraiso@ufpe.br ou no site http://www.dqf.ufpe.br/pos-graduacao/inscricao-no-programa, e www.dqf.ufpe.br.
Professores de matemática ensinam sem curso superior
23% dos docentes da área no ensino médio não têm graduação, segundo estudo da Capes
Simone Iwasso
O Estado de São Paulo 31/03/2008
Cerca de 23% dos professores de matemática do ensino médio no País não têm curso superior. Eles completaram apenas o próprio ensino médio - mesmo nível de escolaridade para o qual dão aulas. Outros 21%, aproximadamente, são graduados em outras áreas, que podem ser próximas da matemática, como Processamento de Dados e Ciências Contábeis, ou bem distantes, como Letras. Apenas 20% são formados de fato em Matemática. Nas regiões Norte e Nordeste o índice de professores sem formação superior é ainda mais alto, chegando a 36,9% e 36,1%, respectivamente. Por lei, todos deveriam ter diploma universitário.
Os problemas no ensino da matemática aparecem em estudantes de todos os níveis e regiões. Na última avaliação internacional Pisa, cujos resultados foram divulgados no ano passado, os estudantes brasileiros tiveram um dos piores desempenhos na disciplina, ficando na frente apenas dos da Tunísia, Catar e Casaquistão. Na semana retrasada, as notas do Saresp, a avaliação feita pelo Estado de São Paulo, mostraram que 71% dos alunos terminam o ensino médio sem conhecimentos básicos da área. Eles têm dificuldades para realizar operações de soma, subtração, multiplicação e divisão, além de não conseguirem mensurar grandezas e medidas.
Os dados fazem parte de um relatório elaborado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que desde o fim de 2007 assumiu também a responsabilidade pela formação de professores para educação básica. O diagnóstico servirá de base para a elaboração de uma rede nacional de formação de professores, uma das metas do ministro da Educação, Fernando Haddad. O objetivo é formular medidas emergenciais para suprir essa necessidade, com foco também nas áreas de física e química, assim como organizar um sistema de graduação que atraia os jovens para a docência.
Também foi formado na Capes um Conselho Técnico-Científico da Educação Básica, com integrantes da sociedade civil e do governo federal. A idéia é discutir medidas para concentrar os esforços de municípios e Estados, que hoje investem em cursos de capacitação dispersos que, segundo pesquisas recentes, trazem pouco retorno em termos de qualidade do ensino. Paralelamente, já está em funcionamento a Universidade Aberta do Brasil, um sistema de ensino a distância com pólos presenciais distribuídos pelo País.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) estabeleceu que, a partir de 2007, todos os professores contratados para atuar da 5ª a 8ª séries e no ensino médio deveriam ter licenciatura. Os do ensino infantil e primeiro ciclo do fundamental (1ª a 4ª séries) precisariam ter feito Pedagogia ou curso normal superior - meta que ainda está longe de ser cumprida.
“Estamos mapeando o que chamamos de inimigos da educação, que são a falta de formados e licenciados para o ensino, a evasão profissional dos formados para outros empregos e os currículos das universidades que são incompatíveis com a docência para a educação básica”, afirma Dilvo Ristoff, diretor de Educação Básica Presencial da Capes. “O ensino é muito teórico e pouco prático.”
Ele chama atenção para outra falha do sistema atual: 14% dos professores de todas as disciplinas exercem a função sem ter a habilitação legal para isso, que é a licenciatura. “A licenciatura é vista como a prima pobre das carreiras”, completa Ristoff.
FÍSICA E QUÍMICA
Física e química também são áreas bastante complexas, além da matemática. Segundo o diagnóstico da Capes, “física é, possivelmente, a disciplina com o menor porcentual de profissionais que lecionam na rede pública com formação específica”. No total, apenas 8,1% dos 26.867 professores são formados na área.
“Fizemos uma estimativa e, no ritmo que estamos, com o número de formandos anuais e a perda para outras funções, levaríamos 80 anos para suprir a demanda e ter todos os professores graduados”, afirma Ristoff. Enquanto isso, são professores sem graduação ou formados em Letras, Ciências Sociais ou Contabilidade que acabam indo para a sala de aula para ensinar os princípios básicos das disciplinas aos alunos. No Nordeste, apenas 12% dos professores de química são formados na área. “Não há oferta de formação suficiente e não há incentivo para que o recém-formado vá para a docência, especialmente na área de exatas. Ele encontra outras oportunidades mais atraentes no mercado de trabalho”, afirma Maria Tereza Crewe, coordenadora do curso de matemática da Universidade Ibirapuera. “Infelizmente, vivemos na escola aquela realidade na qual quem sabe um pouquinho a mais ensina quem não sabe nada.”
Simone Iwasso
O Estado de São Paulo 31/03/2008
Cerca de 23% dos professores de matemática do ensino médio no País não têm curso superior. Eles completaram apenas o próprio ensino médio - mesmo nível de escolaridade para o qual dão aulas. Outros 21%, aproximadamente, são graduados em outras áreas, que podem ser próximas da matemática, como Processamento de Dados e Ciências Contábeis, ou bem distantes, como Letras. Apenas 20% são formados de fato em Matemática. Nas regiões Norte e Nordeste o índice de professores sem formação superior é ainda mais alto, chegando a 36,9% e 36,1%, respectivamente. Por lei, todos deveriam ter diploma universitário.
Os problemas no ensino da matemática aparecem em estudantes de todos os níveis e regiões. Na última avaliação internacional Pisa, cujos resultados foram divulgados no ano passado, os estudantes brasileiros tiveram um dos piores desempenhos na disciplina, ficando na frente apenas dos da Tunísia, Catar e Casaquistão. Na semana retrasada, as notas do Saresp, a avaliação feita pelo Estado de São Paulo, mostraram que 71% dos alunos terminam o ensino médio sem conhecimentos básicos da área. Eles têm dificuldades para realizar operações de soma, subtração, multiplicação e divisão, além de não conseguirem mensurar grandezas e medidas.
Os dados fazem parte de um relatório elaborado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que desde o fim de 2007 assumiu também a responsabilidade pela formação de professores para educação básica. O diagnóstico servirá de base para a elaboração de uma rede nacional de formação de professores, uma das metas do ministro da Educação, Fernando Haddad. O objetivo é formular medidas emergenciais para suprir essa necessidade, com foco também nas áreas de física e química, assim como organizar um sistema de graduação que atraia os jovens para a docência.
Também foi formado na Capes um Conselho Técnico-Científico da Educação Básica, com integrantes da sociedade civil e do governo federal. A idéia é discutir medidas para concentrar os esforços de municípios e Estados, que hoje investem em cursos de capacitação dispersos que, segundo pesquisas recentes, trazem pouco retorno em termos de qualidade do ensino. Paralelamente, já está em funcionamento a Universidade Aberta do Brasil, um sistema de ensino a distância com pólos presenciais distribuídos pelo País.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) estabeleceu que, a partir de 2007, todos os professores contratados para atuar da 5ª a 8ª séries e no ensino médio deveriam ter licenciatura. Os do ensino infantil e primeiro ciclo do fundamental (1ª a 4ª séries) precisariam ter feito Pedagogia ou curso normal superior - meta que ainda está longe de ser cumprida.
“Estamos mapeando o que chamamos de inimigos da educação, que são a falta de formados e licenciados para o ensino, a evasão profissional dos formados para outros empregos e os currículos das universidades que são incompatíveis com a docência para a educação básica”, afirma Dilvo Ristoff, diretor de Educação Básica Presencial da Capes. “O ensino é muito teórico e pouco prático.”
Ele chama atenção para outra falha do sistema atual: 14% dos professores de todas as disciplinas exercem a função sem ter a habilitação legal para isso, que é a licenciatura. “A licenciatura é vista como a prima pobre das carreiras”, completa Ristoff.
FÍSICA E QUÍMICA
Física e química também são áreas bastante complexas, além da matemática. Segundo o diagnóstico da Capes, “física é, possivelmente, a disciplina com o menor porcentual de profissionais que lecionam na rede pública com formação específica”. No total, apenas 8,1% dos 26.867 professores são formados na área.
“Fizemos uma estimativa e, no ritmo que estamos, com o número de formandos anuais e a perda para outras funções, levaríamos 80 anos para suprir a demanda e ter todos os professores graduados”, afirma Ristoff. Enquanto isso, são professores sem graduação ou formados em Letras, Ciências Sociais ou Contabilidade que acabam indo para a sala de aula para ensinar os princípios básicos das disciplinas aos alunos. No Nordeste, apenas 12% dos professores de química são formados na área. “Não há oferta de formação suficiente e não há incentivo para que o recém-formado vá para a docência, especialmente na área de exatas. Ele encontra outras oportunidades mais atraentes no mercado de trabalho”, afirma Maria Tereza Crewe, coordenadora do curso de matemática da Universidade Ibirapuera. “Infelizmente, vivemos na escola aquela realidade na qual quem sabe um pouquinho a mais ensina quem não sabe nada.”
Celular & Wireless
Nomofóbicos não conseguem ficar sem o celular
Portal Terra 31/03/2008
A síndrome que acomete aquelas pessoas que não conseguem ficar sem o celular ganhou um nome. Segundo pesquisadores britânicos, trata-se da nomofobia - "nomo" é abreviação de "no mobile" (sem celular) em inglês. De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto YouGov para o Departamento de Telefonia dos Correios britânicos, 53% dos usuários de celular do Reino Unido sofrem de nomofobia.
» Estudo britânico alerta para o vício de checar mensagens» Celular é mais necessário que TV e web para americanos
"A perda de contato com o celular parece ser a contribuição do século XXI para as nossa vidas já frenéticas", disse Stewart Fox-Mills, chefe do departamento, segundo a agência Ansa. "Ficar sem telefone e ser tomado pelo pânico parece ser um sintoma da nossa cultura, na qual devemos estar acessíveis 24 horas por dia, sete dias por semana", acrescentou.
De acordo com a pesquisa, a síndrome atinge mais os homens (58%) do que as mulheres (48%). Das 2.163 pessoas entrevistadas, 20% disseram não desligar o telefone nunca, e cerca de 10% disseram que o trabalho as obriga a estarem sempre acessíveis.
Entre os entrevistados, 55% relacionam a urgência de ter o celular sempre ligado à necessidade de estarem sempre em contato com amigos e família. E 9% das pessoas ouvidas disseram que desligar o celular as deixa em um estado de profunda ansiedade.
Alguns conselhos para evitar a nomofobia:
- Dê um número alternativo aos amigos e familiares para poderem ligar quando seu celular estiver desligado;- Faça uma lista de segurança com os números registrados no seu celular, para evitar ficar sem os contatos caso o telefone seja perdido ou roubado.
Portal Terra 31/03/2008
A síndrome que acomete aquelas pessoas que não conseguem ficar sem o celular ganhou um nome. Segundo pesquisadores britânicos, trata-se da nomofobia - "nomo" é abreviação de "no mobile" (sem celular) em inglês. De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto YouGov para o Departamento de Telefonia dos Correios britânicos, 53% dos usuários de celular do Reino Unido sofrem de nomofobia.
» Estudo britânico alerta para o vício de checar mensagens» Celular é mais necessário que TV e web para americanos
"A perda de contato com o celular parece ser a contribuição do século XXI para as nossa vidas já frenéticas", disse Stewart Fox-Mills, chefe do departamento, segundo a agência Ansa. "Ficar sem telefone e ser tomado pelo pânico parece ser um sintoma da nossa cultura, na qual devemos estar acessíveis 24 horas por dia, sete dias por semana", acrescentou.
De acordo com a pesquisa, a síndrome atinge mais os homens (58%) do que as mulheres (48%). Das 2.163 pessoas entrevistadas, 20% disseram não desligar o telefone nunca, e cerca de 10% disseram que o trabalho as obriga a estarem sempre acessíveis.
Entre os entrevistados, 55% relacionam a urgência de ter o celular sempre ligado à necessidade de estarem sempre em contato com amigos e família. E 9% das pessoas ouvidas disseram que desligar o celular as deixa em um estado de profunda ansiedade.
Alguns conselhos para evitar a nomofobia:
- Dê um número alternativo aos amigos e familiares para poderem ligar quando seu celular estiver desligado;- Faça uma lista de segurança com os números registrados no seu celular, para evitar ficar sem os contatos caso o telefone seja perdido ou roubado.
Insônia
Dormir pouco eleva risco de danos a saúde como obesidade, infarto e derrame
Publicada em 29/03/2008 O Globo Online
RIO - A privação parcial crônica do sono, situação comum hoje em dia, seja por insônia, ou numa situação voluntária, para aproveitar mais horas de lazer, acarreta danos físicos e emocionais ao corpo, que vão além do risco de obesidade, indica reportagem de Antônio Marinho, publicada na edição do Globo deste domingo (leia o texto na íntegra, no Globo Digital , exclusivo para assinantes).
Nos últimos 40 anos, a população perdeu 25% do tempo total de sono. Só para se ter uma idéia dos prejuízos à saúde, estudo da Universidade de Warwick e da University College London mostrou que a redução do tempo de sono de sete para cinco horas dobra o risco infarto ou derrame. Outro estudo, da Universidade de Chicago, sugere que noites maldormidas causam resistência à insulina e aumentam o risco de diabetes tipo 2.
Mulheres que enfrentam tripla jornada correm mais riscos. Estudo americano da Fundação Nacional de Sono indicou que 46% das mulheres têm problemas para dormir em "todas ou quase todas as noites".
Além disso, dizem os especialistas, que adolescentes que optam por ficar por mais tempo na internet e vão para a cama mais tarde, quando exaustos e depois de já terem dispensado as "janelas para o sono", as oportunidades de sonolência natural para o início do descanso, terão problemas de saúde. Isso porque o ritmo circadiano perde sincronia, o que desencadeia uma cascata de eventos, que vai desde a perda da quantidade e qualidade de sono, a ocorrência de outros distúrbios, como a síndrome da apnéia, conforme alerta Gleison Guimarães, especialista em pneumologia e medicina do sono.
Mas a insônia, que atinge e angustia 50% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), pode ser curada e sem a dependência de remédios. Especialistas recomendam a 'higiene do sono' , que reúne uma série de medidas que ajudam a pessoa a adormecer.
Publicada em 29/03/2008 O Globo Online
RIO - A privação parcial crônica do sono, situação comum hoje em dia, seja por insônia, ou numa situação voluntária, para aproveitar mais horas de lazer, acarreta danos físicos e emocionais ao corpo, que vão além do risco de obesidade, indica reportagem de Antônio Marinho, publicada na edição do Globo deste domingo (leia o texto na íntegra, no Globo Digital , exclusivo para assinantes).
Nos últimos 40 anos, a população perdeu 25% do tempo total de sono. Só para se ter uma idéia dos prejuízos à saúde, estudo da Universidade de Warwick e da University College London mostrou que a redução do tempo de sono de sete para cinco horas dobra o risco infarto ou derrame. Outro estudo, da Universidade de Chicago, sugere que noites maldormidas causam resistência à insulina e aumentam o risco de diabetes tipo 2.
Mulheres que enfrentam tripla jornada correm mais riscos. Estudo americano da Fundação Nacional de Sono indicou que 46% das mulheres têm problemas para dormir em "todas ou quase todas as noites".
Além disso, dizem os especialistas, que adolescentes que optam por ficar por mais tempo na internet e vão para a cama mais tarde, quando exaustos e depois de já terem dispensado as "janelas para o sono", as oportunidades de sonolência natural para o início do descanso, terão problemas de saúde. Isso porque o ritmo circadiano perde sincronia, o que desencadeia uma cascata de eventos, que vai desde a perda da quantidade e qualidade de sono, a ocorrência de outros distúrbios, como a síndrome da apnéia, conforme alerta Gleison Guimarães, especialista em pneumologia e medicina do sono.
Mas a insônia, que atinge e angustia 50% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), pode ser curada e sem a dependência de remédios. Especialistas recomendam a 'higiene do sono' , que reúne uma série de medidas que ajudam a pessoa a adormecer.
REAJUSTE
Cerca de 24 mil remédios têm reajuste médio de 3,18% a partir de amanhã
da Folha Online 30/03/2008
Cerca de 24 mil medicamentos terão reajuste médio de 3,18% a partir de segunda-feira (31). A medida foi anunciada no dia 14 deste mês pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos).
Os reajustes foram estabelecidos para três faixas diferenciadas de medicamentos. Os percentuais, de até 4,61%, 3,56% e 2,52%, foram definidos segundo o nível de competição nos mercados a partir do grau de participação dos genéricos nas vendas.
A Cmed informou, ainda, que o cálculo também considerou o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o fator de produtividade e a variação dos custos do setor. O próximo reajuste deve ocorrer em março de 2009.
Cerca de 24 mil apresentações terapêuticas serão atingidas pelo reajuste. Os medicamentos fitoterápicos e os homeopáticos não são submetidos a esse reajuste, assim como 900 apresentações com venda livre de receita.
Entre os medicamentos, cerca de 8.000 terão o reajuste maior, de 4,61%, 2.000 estão na faixa intermediária, com alta de 3,56% e 14 mil terão o reajuste menor, 2,52%.
No ano passado, o reajuste máximo determinado pelo governo foi de 3,02%. Já em 2006, o aumento chegou a 5,51%.
Veja exemplos dos preços em São Paulo:
Prozac com 28 cápsulas - de R$ 125,67 para R$ 131,46
Arcoxia 90 mg cx com 2 cartelas de 7 cápsulas - de R$ 63,92 para R$ 66,86
Higroton 50 mg com 2 cartelas com 14 cápsulas - de R$ 15,08 para R$ 15,61
Amoxicilina 500 mg com 21 cápsulas - de R$ 21,51 para R$ 22,27
As simulações foram feitas com base nos preços máximos determinados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e considerando o ICMS de 18% praticado em São Paulo.
da Folha Online 30/03/2008
Cerca de 24 mil medicamentos terão reajuste médio de 3,18% a partir de segunda-feira (31). A medida foi anunciada no dia 14 deste mês pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos).
Os reajustes foram estabelecidos para três faixas diferenciadas de medicamentos. Os percentuais, de até 4,61%, 3,56% e 2,52%, foram definidos segundo o nível de competição nos mercados a partir do grau de participação dos genéricos nas vendas.
A Cmed informou, ainda, que o cálculo também considerou o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o fator de produtividade e a variação dos custos do setor. O próximo reajuste deve ocorrer em março de 2009.
Cerca de 24 mil apresentações terapêuticas serão atingidas pelo reajuste. Os medicamentos fitoterápicos e os homeopáticos não são submetidos a esse reajuste, assim como 900 apresentações com venda livre de receita.
Entre os medicamentos, cerca de 8.000 terão o reajuste maior, de 4,61%, 2.000 estão na faixa intermediária, com alta de 3,56% e 14 mil terão o reajuste menor, 2,52%.
No ano passado, o reajuste máximo determinado pelo governo foi de 3,02%. Já em 2006, o aumento chegou a 5,51%.
Veja exemplos dos preços em São Paulo:
Prozac com 28 cápsulas - de R$ 125,67 para R$ 131,46
Arcoxia 90 mg cx com 2 cartelas de 7 cápsulas - de R$ 63,92 para R$ 66,86
Higroton 50 mg com 2 cartelas com 14 cápsulas - de R$ 15,08 para R$ 15,61
Amoxicilina 500 mg com 21 cápsulas - de R$ 21,51 para R$ 22,27
As simulações foram feitas com base nos preços máximos determinados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e considerando o ICMS de 18% praticado em São Paulo.
Ciência num lugar inesperado
Numa cidade brasileira marcada pelo atraso, surgirá um dos mais avançados laboratórios de neurociências do mundo
Veja on line 30/03/2008
Poucos lugares no Brasil concentram tantos analfabetos e têm uma taxa de mortalidade infantil tão alta quanto Macaíba, uma cidade de 65 000 habitantes a 14 quilômetros de Natal, no Rio Grande do Norte. Quem mora lá costuma cruzar as ruas de terra batida em carroças e freqüentar o comércio local sem um centavo no bolso, apenas carregado de antigos objetos para trocar. Nesse cenário de pobreza e atraso funcionará, a partir de maio, um avançado centro de pesquisas especializado na área de neurociências. Sua localização improvável, sem dúvida, surpreende. Outro fato que chama atenção sobre ele é a rara unanimidade que, antes de ser inaugurado, já alcançou no mundo acadêmico – dentro e fora do Brasil. De saída, neurocientistas ligados aos bons laboratórios o classificaram como um dos melhores que haverá no gênero, avaliação amparada em dados objetivos. Primeiro por suas instalações, que fazem frente às de qualquer laboratório de primeira linha. O segundo e mais relevante diferencial do novo centro está justamente no tipo de pesquisa que será desenvolvido ali. Em linhas gerais, a idéia é criar próteses capazes de captar a intenção de um movimento no cérebro de uma pessoa e imediatamente o executar, algo que, se concretizado, dará nova perspectiva a quem sofre de alguma dificuldade motora. Na neurociência, nenhum outro estudo da atualidade foi tão citado e influenciou tantos cientistas, de acordo com um levantamento conduzido pela revista americana Scientific American.
Quem está à frente dele é Miguel Nicolelis, médico paulista de 47 anos, que há vinte se mudou para os Estados Unidos com o objetivo de seguir carreira como pesquisador. Foi na universidade Duke, uma das melhores na área da neurociência, que desenvolveu seu trabalho. Antes dele, os aparelhos de observação do cérebro conseguiam captar o movimento de apenas três tipos de neurônios responsáveis pela memória motora. O trabalho de Nicolelis é um avanço por ter resultado numa tecnologia capaz de descrever, simultaneamente, o padrão de comportamento de 130 neurônios – desde o momento em que há intenção de mexer um braço ou uma perna até quando de fato se executa tal ação. Com essa abrangência, as experiências conduzidas por ele, até então em ratos e macacos, mostram ser possível replicar um movimento com 90% de precisão. Isso por meio de um computador que lê as informações no cérebro e as envia à prótese, à qual está conectado. Em 2009, ele começará a testar a técnica em pessoas. A pesquisa terá como cenário os novos laboratórios de Macaíba, uma opção do próprio Nicolelis. Ele justifica a escolha pela cidade, da qual jamais havia sequer ouvido falar: "Escolhi a dedo um lugar onde, sem uma mudança tão radical quanto essa, as pessoas viveriam para sempre longe da ciência".
Até certo ponto, a trajetória de Nicolelis é típica de alguém que ambiciona tornar-se um cientista de relevo no Brasil. A cada ano, cerca de 4 000 estudantes brasileiros optam por estabelecer-se no exterior. Estão, antes de tudo, em busca de condições mínimas para a pesquisa – entre outras coisas, poder contar com um reagente químico no momento em que uma nova experiência se revela necessária. Parece exagero, mas essa é uma queixa real entre os cientistas brasileiros e aparece ao lado de outras igualmente básicas em uma série de estudos sobre o assunto. Foi certamente uma das razões para Nicolelis fazer carreira nos Estados Unidos, e não na Universidade de São Paulo (USP), onde se graduou. Agora, ele se revezará entre Duke, universidade da qual continua professor, e o Rio Grande do Norte. Ao fincar novas raízes no Brasil, passa a ser raridade diante de seus colegas. Em geral, os melhores nunca voltam.
Nos últimos cinco anos, Nicolelis pôs-se à frente de um mutirão diário com o objetivo de juntar dinheiro para construir o complexo de Macaíba, algo como 30 milhões de reais. Conseguiu coletar 70% dessa quantia na iniciativa privada, entre empresas brasileiras e universidades estrangeiras, como a de Lausanne, na Suíça, e a de Kioto, no Japão, com as quais o novo centro formará uma rede. O restante do dinheiro veio do governo federal. Durante esse período, ele montou um laboratório provisório próximo a Natal e uma escola onde crianças de colégios públicos e renda familiar em torno de um salário mínimo passaram a receber aulas de ciências no tempo livre. É parte do projeto concebido por Nicolelis. Os experimentos divertem estudantes como Herbert Reinaldo da Silva, de 11 anos, antes avesso à matéria. Ele resume o clima local: "Odiava ciências. Hoje sonho ser químico". Para entusiasmo de Herbert e de seus colegas, em breve chegará à cidade uma caravana com 27 dos mais influentes neurocientistas do mundo, para dar aulas aos profissionais do novo centro. Diz Nicolelis: "Sempre quis voltar ao Brasil e ajudar a formar e a manter no país gente com talento para ciências – uma chance que eu não tive". Os ainda modestos, porém concretos, avanços num cenário tão atrasado fazem refletir sobre o potencial de um investimento dessa natureza no Brasil.
Veja on line 30/03/2008
Poucos lugares no Brasil concentram tantos analfabetos e têm uma taxa de mortalidade infantil tão alta quanto Macaíba, uma cidade de 65 000 habitantes a 14 quilômetros de Natal, no Rio Grande do Norte. Quem mora lá costuma cruzar as ruas de terra batida em carroças e freqüentar o comércio local sem um centavo no bolso, apenas carregado de antigos objetos para trocar. Nesse cenário de pobreza e atraso funcionará, a partir de maio, um avançado centro de pesquisas especializado na área de neurociências. Sua localização improvável, sem dúvida, surpreende. Outro fato que chama atenção sobre ele é a rara unanimidade que, antes de ser inaugurado, já alcançou no mundo acadêmico – dentro e fora do Brasil. De saída, neurocientistas ligados aos bons laboratórios o classificaram como um dos melhores que haverá no gênero, avaliação amparada em dados objetivos. Primeiro por suas instalações, que fazem frente às de qualquer laboratório de primeira linha. O segundo e mais relevante diferencial do novo centro está justamente no tipo de pesquisa que será desenvolvido ali. Em linhas gerais, a idéia é criar próteses capazes de captar a intenção de um movimento no cérebro de uma pessoa e imediatamente o executar, algo que, se concretizado, dará nova perspectiva a quem sofre de alguma dificuldade motora. Na neurociência, nenhum outro estudo da atualidade foi tão citado e influenciou tantos cientistas, de acordo com um levantamento conduzido pela revista americana Scientific American.
Quem está à frente dele é Miguel Nicolelis, médico paulista de 47 anos, que há vinte se mudou para os Estados Unidos com o objetivo de seguir carreira como pesquisador. Foi na universidade Duke, uma das melhores na área da neurociência, que desenvolveu seu trabalho. Antes dele, os aparelhos de observação do cérebro conseguiam captar o movimento de apenas três tipos de neurônios responsáveis pela memória motora. O trabalho de Nicolelis é um avanço por ter resultado numa tecnologia capaz de descrever, simultaneamente, o padrão de comportamento de 130 neurônios – desde o momento em que há intenção de mexer um braço ou uma perna até quando de fato se executa tal ação. Com essa abrangência, as experiências conduzidas por ele, até então em ratos e macacos, mostram ser possível replicar um movimento com 90% de precisão. Isso por meio de um computador que lê as informações no cérebro e as envia à prótese, à qual está conectado. Em 2009, ele começará a testar a técnica em pessoas. A pesquisa terá como cenário os novos laboratórios de Macaíba, uma opção do próprio Nicolelis. Ele justifica a escolha pela cidade, da qual jamais havia sequer ouvido falar: "Escolhi a dedo um lugar onde, sem uma mudança tão radical quanto essa, as pessoas viveriam para sempre longe da ciência".
Até certo ponto, a trajetória de Nicolelis é típica de alguém que ambiciona tornar-se um cientista de relevo no Brasil. A cada ano, cerca de 4 000 estudantes brasileiros optam por estabelecer-se no exterior. Estão, antes de tudo, em busca de condições mínimas para a pesquisa – entre outras coisas, poder contar com um reagente químico no momento em que uma nova experiência se revela necessária. Parece exagero, mas essa é uma queixa real entre os cientistas brasileiros e aparece ao lado de outras igualmente básicas em uma série de estudos sobre o assunto. Foi certamente uma das razões para Nicolelis fazer carreira nos Estados Unidos, e não na Universidade de São Paulo (USP), onde se graduou. Agora, ele se revezará entre Duke, universidade da qual continua professor, e o Rio Grande do Norte. Ao fincar novas raízes no Brasil, passa a ser raridade diante de seus colegas. Em geral, os melhores nunca voltam.
Nos últimos cinco anos, Nicolelis pôs-se à frente de um mutirão diário com o objetivo de juntar dinheiro para construir o complexo de Macaíba, algo como 30 milhões de reais. Conseguiu coletar 70% dessa quantia na iniciativa privada, entre empresas brasileiras e universidades estrangeiras, como a de Lausanne, na Suíça, e a de Kioto, no Japão, com as quais o novo centro formará uma rede. O restante do dinheiro veio do governo federal. Durante esse período, ele montou um laboratório provisório próximo a Natal e uma escola onde crianças de colégios públicos e renda familiar em torno de um salário mínimo passaram a receber aulas de ciências no tempo livre. É parte do projeto concebido por Nicolelis. Os experimentos divertem estudantes como Herbert Reinaldo da Silva, de 11 anos, antes avesso à matéria. Ele resume o clima local: "Odiava ciências. Hoje sonho ser químico". Para entusiasmo de Herbert e de seus colegas, em breve chegará à cidade uma caravana com 27 dos mais influentes neurocientistas do mundo, para dar aulas aos profissionais do novo centro. Diz Nicolelis: "Sempre quis voltar ao Brasil e ajudar a formar e a manter no país gente com talento para ciências – uma chance que eu não tive". Os ainda modestos, porém concretos, avanços num cenário tão atrasado fazem refletir sobre o potencial de um investimento dessa natureza no Brasil.
sábado, 29 de março de 2008
SP: Feira Interdidática mostra "sala de aula perfeita"
A sala de aula do século XXI, batizada de "sala de aula perfeita", é uma das principais atrações na Feira Interdidática 2008 - Produtos, Serviços e Tecnologias para a Educação -, realizada em São Paulo.
» Veja mais fotos da Interdidática
Com ambiente futurista, a sala tem lousas digitais interativas e os alunos podem se conectar a terminais de computadores. No lugar de lápis e caderno, entram a caneta digital e a tela do micro.
Outro destaque é um ônibus conectado, que leva aulas de informática aos bairros da cidade de Cravinhos, interior de SP. O veículo, que custou R$ 210 mil à prefeitura, é equipado com 14 computadores de última geração com monitores de tela LCD, impressora e acesso à Internet.
Dezenas de empresas do Brasil e do exterior apresentam o que há de melhor em inovação e tecnologia para o ambiente escolar, entre sistemas, publicações, materiais, equipamentos e tudo que contribui para os processos de ensino no ambiente escolar. Além disso, o evento também ofereceu em sua programação dezenas de palestras e fóruns ligados à educação.
Entre as novidades apresentadas estão produtos para a indústria das TVs universitárias, TV a cabo, videoconferências e Educação à Distância, softwares educacionais específicos sobre cultura Brasileira e educação ambiental, sistemas de gestão organizacional e avaliação.
Os interessados em conhecer as novidades tecnológicas na área educacional, em todos os níveis de ensino, podem visitar a feira neste sábado das 13h às 19h. O credenciamento gratuito é feito no local.A Interdidática se realiza no Centro de Exposições Imigrantes, localizado na rodovia dos Imigrantes, Km 1,5, em Jabaquara.
A organização do evento espera que 14 mil pessoas visitem a feira. Mais informações podem ser obtidas na Internet (www.interdidatica.com.br) ou pelo telefone (11) 5687-8522.
Redação Terra
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Com ambiente futurista, a sala tem lousas digitais interativas e os alunos podem se conectar a terminais de computadores. No lugar de lápis e caderno, entram a caneta digital e a tela do micro.
Outro destaque é um ônibus conectado, que leva aulas de informática aos bairros da cidade de Cravinhos, interior de SP. O veículo, que custou R$ 210 mil à prefeitura, é equipado com 14 computadores de última geração com monitores de tela LCD, impressora e acesso à Internet.
Dezenas de empresas do Brasil e do exterior apresentam o que há de melhor em inovação e tecnologia para o ambiente escolar, entre sistemas, publicações, materiais, equipamentos e tudo que contribui para os processos de ensino no ambiente escolar. Além disso, o evento também ofereceu em sua programação dezenas de palestras e fóruns ligados à educação.
Entre as novidades apresentadas estão produtos para a indústria das TVs universitárias, TV a cabo, videoconferências e Educação à Distância, softwares educacionais específicos sobre cultura Brasileira e educação ambiental, sistemas de gestão organizacional e avaliação.
Os interessados em conhecer as novidades tecnológicas na área educacional, em todos os níveis de ensino, podem visitar a feira neste sábado das 13h às 19h. O credenciamento gratuito é feito no local.A Interdidática se realiza no Centro de Exposições Imigrantes, localizado na rodovia dos Imigrantes, Km 1,5, em Jabaquara.
A organização do evento espera que 14 mil pessoas visitem a feira. Mais informações podem ser obtidas na Internet (www.interdidatica.com.br) ou pelo telefone (11) 5687-8522.
Redação Terra
Classe média paga por ano 146 dias de imposto
Ludmilla Totinick, JB Online 29/03/2008
RIO - A classe média brasileira vai trabalhar 146 dias este ano só para pagar impostos. Isso quer dizer que ainda faltam 57 dias de trabalho para que a dívida seja quitada com o governo, isso desde o dia 2 de janeiro, calculados sem um único dia de folga até hoje.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), é considerada classe média a família com renda mensal entre R$ 3 mil e R$ 10 mil. São cerca de 8 milhões de famílias, aproximadamente 32 milhões de pessoas, ou 18% da população brasileira. Segundo o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, a classe média representa 50% dos pagantes de impostos do país.
– É comum no mundo inteiro que a classe média seja a grande fatia no pagamento de tributos – lembra Amaral. – Porém, no Brasil, além dos altos tributos, essa fatia da população também paga por segurança privada, escola particular, plano de saúde. Ou seja, o governo retira cada vez mais o poder aquisitivo da classe média brasileira.
Em média, as famílias gastam 56% do que ganham só com tributos (40%) e serviços (16%).
Segundo Amaral, a classe média também é responsável por grande parte do consumo no país, que chegou a R$ 1,55 trilhão e ajudou o Produto Interno Bruto (PIB) a bater 5,4% no ano passado.
A classe média representa 60% da arrecadação do Imposto de Renda e 50% do consumo dos shoppings. Nos supermercados, representa 40% dos consumidores e 60% dos clientes dos planos de saúde e escolas particulares.
A advogada Maria Rachel Coelho Pereira, 38 anos, considera a classe média é muito heterogênea. Para reforçar a renda familiar, dá aulas em duas universidades e cursos preparatórios para concursos. A rotina inclui mais de 10 horas de trabalho por dia e sábados sem folga. Carioca, moradora de Botafogo, sempre administrou o trabalho com a educação do único filho de 14 anos, que cria sozinha.
Subdivisões
Pelo novo critério padrão de classificação econômica da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, são oito classes em uma, cujas rendas variam de R$ 276,70 a R$ 9.733,47.
Entretanto, pelo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que utiliza o critério da empregabilidade, a classe média representa 31,7% das famílias brasileiras o que equivale a 15,4 milhões de famílias. De acordo com o presidente do Instituto, Marcio Pochmann, a classe média não pode ser conceituada só pela base salarial.
– São padrões de consumo diferentes – ressalta Pochmann. – Nos últimos dois anos, tivemos um crescimento no âmbito da construção civil, mas não temos profissionais especializados para ocupar as vagas. Fico preocupado com o grande número de exportações de bens de consumo de baixo valor agregado que constrangem a expansão da mão-de-obra.
Pochmann fez questão de lembrar que a classe média ficou estagnada até os anos 30, depois cresceu até 1980, mas a partir daí começou a declinar. Nos anos 90, com as reformas implantadas no governo Collor e aprofundadas no governo Fernando Henrique, empobreceu mais.
A classe média perdeu poder aquisitivo porque as indústrias não investiram e, em 1990, com os juros extremamente altos, fábricas foram fechadas ou vendidas para o capital estrangeiro. A renda encolheu, assim como o número de empregos.
Para o Ipea, a classe média baixa representava 41,2%. Quatro décadas depois, aumentou para 54,1%. A média classe média empobreceu, composta de técnicos científicos, de pessoas que ocupam os cargos-chave da burocracia pública e professores universitários, e passou de 38,6% para 23,1% , em 2000. A média alta, cujo perfil é de executivos, gerentes e administradores, ficou estagnada. Professores que dão aula até o 2º grau, pequenos lojistas e vendedores fazem parte da classe média baixa.
Segundo o pesquisador do Ipea Ricardo Amorim, a grande curiosidade foi a diminuição dos gastos da classe média por causa do empobrecimento sofrido.
– Os dados comprovam que houve corte dos gastos e aumento dos imprescindíveis, como habitação, transporte e educação.
O advogado tributarista Rubens Branco diz que a classe média é a grande responsável pela arrecadação do Imposto de Renda. Paga de 15% a 27,5% ao Leão, além de todos os tributos indiretos.
O consultor e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos diz que a classe média é a mais empregada do país e por isso é a que mais paga impostos.
– Virou vítima, por ficar descolada dos pobres e dos ricos – disse Reinaldo – Além dos tributos indiretos, paga pelos serviços.
RIO - A classe média brasileira vai trabalhar 146 dias este ano só para pagar impostos. Isso quer dizer que ainda faltam 57 dias de trabalho para que a dívida seja quitada com o governo, isso desde o dia 2 de janeiro, calculados sem um único dia de folga até hoje.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), é considerada classe média a família com renda mensal entre R$ 3 mil e R$ 10 mil. São cerca de 8 milhões de famílias, aproximadamente 32 milhões de pessoas, ou 18% da população brasileira. Segundo o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, a classe média representa 50% dos pagantes de impostos do país.
– É comum no mundo inteiro que a classe média seja a grande fatia no pagamento de tributos – lembra Amaral. – Porém, no Brasil, além dos altos tributos, essa fatia da população também paga por segurança privada, escola particular, plano de saúde. Ou seja, o governo retira cada vez mais o poder aquisitivo da classe média brasileira.
Em média, as famílias gastam 56% do que ganham só com tributos (40%) e serviços (16%).
Segundo Amaral, a classe média também é responsável por grande parte do consumo no país, que chegou a R$ 1,55 trilhão e ajudou o Produto Interno Bruto (PIB) a bater 5,4% no ano passado.
A classe média representa 60% da arrecadação do Imposto de Renda e 50% do consumo dos shoppings. Nos supermercados, representa 40% dos consumidores e 60% dos clientes dos planos de saúde e escolas particulares.
A advogada Maria Rachel Coelho Pereira, 38 anos, considera a classe média é muito heterogênea. Para reforçar a renda familiar, dá aulas em duas universidades e cursos preparatórios para concursos. A rotina inclui mais de 10 horas de trabalho por dia e sábados sem folga. Carioca, moradora de Botafogo, sempre administrou o trabalho com a educação do único filho de 14 anos, que cria sozinha.
Subdivisões
Pelo novo critério padrão de classificação econômica da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, são oito classes em uma, cujas rendas variam de R$ 276,70 a R$ 9.733,47.
Entretanto, pelo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que utiliza o critério da empregabilidade, a classe média representa 31,7% das famílias brasileiras o que equivale a 15,4 milhões de famílias. De acordo com o presidente do Instituto, Marcio Pochmann, a classe média não pode ser conceituada só pela base salarial.
– São padrões de consumo diferentes – ressalta Pochmann. – Nos últimos dois anos, tivemos um crescimento no âmbito da construção civil, mas não temos profissionais especializados para ocupar as vagas. Fico preocupado com o grande número de exportações de bens de consumo de baixo valor agregado que constrangem a expansão da mão-de-obra.
Pochmann fez questão de lembrar que a classe média ficou estagnada até os anos 30, depois cresceu até 1980, mas a partir daí começou a declinar. Nos anos 90, com as reformas implantadas no governo Collor e aprofundadas no governo Fernando Henrique, empobreceu mais.
A classe média perdeu poder aquisitivo porque as indústrias não investiram e, em 1990, com os juros extremamente altos, fábricas foram fechadas ou vendidas para o capital estrangeiro. A renda encolheu, assim como o número de empregos.
Para o Ipea, a classe média baixa representava 41,2%. Quatro décadas depois, aumentou para 54,1%. A média classe média empobreceu, composta de técnicos científicos, de pessoas que ocupam os cargos-chave da burocracia pública e professores universitários, e passou de 38,6% para 23,1% , em 2000. A média alta, cujo perfil é de executivos, gerentes e administradores, ficou estagnada. Professores que dão aula até o 2º grau, pequenos lojistas e vendedores fazem parte da classe média baixa.
Segundo o pesquisador do Ipea Ricardo Amorim, a grande curiosidade foi a diminuição dos gastos da classe média por causa do empobrecimento sofrido.
– Os dados comprovam que houve corte dos gastos e aumento dos imprescindíveis, como habitação, transporte e educação.
O advogado tributarista Rubens Branco diz que a classe média é a grande responsável pela arrecadação do Imposto de Renda. Paga de 15% a 27,5% ao Leão, além de todos os tributos indiretos.
O consultor e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos diz que a classe média é a mais empregada do país e por isso é a que mais paga impostos.
– Virou vítima, por ficar descolada dos pobres e dos ricos – disse Reinaldo – Além dos tributos indiretos, paga pelos serviços.
Pelo direito à ruindade
Artigo: Gustavo Ioschpe
Revista Veja 13/02/2008
"Se o aluno não está em universidade melhor, é sinal de que não tem condições intelectuais ou financeiras de chegar lá. A pergunta que faz sentido não é se seria melhor para essealuno e para o país que ele cursasse a USP ou a faculdadeda esquina. A pergunta certa: é melhor que ele curse a faculdade da esquina ou faculdade nenhuma?"
Já virou clichê afirmar que a educação é uma das ferramentas estratégicas mais importantes – provavelmente a mais importante – para um povo que queira se desenvolver nos dias que correm. Algumas pesquisas da década de 90, olhando para o crescimento econômico dos trinta anos anteriores, apontavam que a educação secundária era significativa para o crescimento, mas não a primária. É muito provável que os pesquisadores de 2040 identifiquem o ensino superior, e não mais o secundário, como a variável relevante para explicar o desenvolvimento dos países no começo deste milênio. Nos países mais avançados, a educação secundária já foi massificada há tempo, e vários desses países caminham rapidamente para 100% de matrícula no ensino universitário. Segundo os últimos dados da Unesco, a Coréia e a Finlândia já passaram dos 90%; a Suécia, a Dinamarca, os Estados Unidos e a Nova Zelândia já superaram os 80%. A média dos países da América do Norte e da Europa está em 70%. É no nível de ensino superior, portanto, que os países cada vez mais se diferenciarão.
Esse é um fenômeno recente, ocorrido nos últimos 25 anos. Os países que buscavam o desenvolvimento rápido entenderam que a qualificação de suas populações era um caminho obrigatório e trataram de criar mecanismos que permitissem a massificação do conhecimento em seu nível mais alto. Entre 1980 e 1997, por exemplo, a Coréia aumentou sua taxa de matrícula universitária em 353%, a Turquia em 320%, Portugal em 255%, e assim por diante. O resultado é que vários países, inclusive aqueles que partiram de um patamar muito baixo, chegaram aos dias de hoje em condições de sonhar. O Chile, por exemplo, tem atualmente 48% dos seus alunos em idade universitária no ensino superior. O Líbano tem 46%. O Panamá tem 44%, o Uruguai tem 42%, a Venezuela tem 41%. A China vem assombrando o mundo com a rapidez da sua ascensão: de 6% de matriculados em 1999, passou para 22% em 2006.
O Brasil foi mais uma vez a exceção negativa. Apesar de termos universidades tradicionais, no período 1980-1997 aumentamos nossa matrícula em apenas 36%, e mesmo o crescimento acelerado nos últimos dez anos ainda nos deixa com apenas 24% de matrícula no ensino superior. Praticamente um terço dos países desenvolvidos e metade de vários dos nossos vizinhos continentais, portanto.
Estagnamos por três razões. A primeira é a péssima qualidade da educação básica, que gera um número pequeno de concluintes aptos a entrar no ensino superior. A segunda é o estrangulamento do modelo financeiro: as universidades públicas brasileiras estão entre as mais caras do mundo e sua replicação em escala é inviável, e falta renda na população para custear mais ensino privado. Finalmente, faltavam até há pouco opções de cursos superiores mais adaptadas às demandas desse novo contingente de estudantes, que querem programas mais curtos e mais direcionados às necessidades do mercado de trabalho, sem ter interesse em uma formação acadêmica, humanista. Nos países desenvolvidos, entre 15% e 30% da matrícula costuma ser nesses cursos mais curtos e profissionalizantes, contra 4% no Brasil.
Em um cenário como esse, de tremenda defasagem do Brasil em relação ao resto do mundo, deveríamos estar correndo a todo o vapor para recuperar o tempo perdido, focando na melhoria do ensino básico, na expansão das vagas em universidades públicas, na criação de mecanismos de financiamento das universidades privadas e em campanhas antievasão dos alunos já matriculados.
Causa estranheza e certo desalento, portanto, que nesse cenário o Ministério da Educação tenha iniciado uma campanha para monitorar e eventualmente fechar os cursos de baixa avaliação institucional, primeiro na área de direito, agora na área de pedagogia. A ação parte do pressuposto de que esses maus cursos são uma arapuca, que enganam seus alunos oferecendo um ensino que não os prepara para nada. Seriam meras fábricas de diploma, prejudicando seus alunos e pondo em risco a sociedade atendida por seus formandos. É mais um caso do viés ideológico antiliberal contaminando uma área estratégica para o país.
A idéia de que os alunos são enganados não se sustenta. Quem está em idade universitária e já passou por todo o sistema de ensino, e trabalha para poder pagar suas mensalidades (dos sessenta cursos de pedagogia, 57 são privados; todos os oitenta de direito também), não é exatamente um ingênuo, uma criança perdida. Todas as instituições brasileiras passam por um amplo processo de avaliação, tanto externa como por meio de exames feitos pelos próprios alunos, e seus resultados estão disponíveis na internet. Quando um aluno se matricula em um curso barato de uma instituição de pouco prestígio, ele não está atrás de uma posição de presidente de empresa ou de eminência intelectual: ele quer subir um pouco na vida, ganhar um pouco mais. Como em qualquer área, há serviços melhores e piores, com preços correspondentes. Se o aluno não está em universidade melhor, é sinal de que não tem condições intelectuais ou financeiras de chegar lá. Sem a universidade ruim, esse aluno não cursará faculdade alguma. A pergunta que faz sentido não é se seria melhor para esse aluno e para o país que ele cursasse a USP ou a faculdade da esquina. A pergunta certa: é melhor que ele curse a faculdade da esquina ou faculdade nenhuma?
A resposta a essa pergunta é dada de forma categórica pelo mercado de trabalho. Uma pessoa com ensino superior concluído ganha cerca de três vezes mais do que outra que tenha cursado apenas alguns anos do ensino superior, e quase cinco vezes mais do que aquela que cursou somente o ensino secundário. Estudo recente aponta que a taxa de retorno a um diplomado de ensino superior – isto é, o aumento salarial decorrente desse nível de estudo, descontado o seu custo – é de incríveis 19% a 20% ao ano. Educação superior, no Brasil, é melhor do que qualquer investimento – e não precisa ser economista para ter esse conhecimento intuitivo.
A idéia de que universidades, ou o sistema escolar como um todo, possam ser meras fábricas de diplomas é antiga. Sua formulação acadêmica já surgia na década de 70. Faz sentido imaginar que um empregador busque, no meio da incerteza do mercado de trabalho, um indicador para garantir a competência e a confiabilidade do futuro empregado. Um diploma seria esse indicador. A escola não agregaria muito em termos de conteúdo, mas seria mera ferramenta de sinalização, como que dizendo: "pode me contratar. Eu passei dez anos sem bater nas minhas professoras quando tirava nota baixa nem ficar pelado cada vez que me sentia atraído por uma coleguinha. Não vou espancá-lo se não me der um aumento, nem lhe causar processos de assédio sexual". Se essa hipótese fosse correta, os salários das pessoas – com diploma e sem – tenderiam a seguir um padrão aleatório ao longo do tempo, à medida que a produtividade de cada uma determinasse seus ganhos. Em realidade, acontece exatamente o oposto: não só as pessoas com maior instrução recebem maiores salários ao longo de toda a vida como a diferença entre os com e os sem-instrução aumenta com o passar dos anos. O mercado de trabalho não paga maiores salários aos mais instruídos pela beleza do seu diploma: paga mais porque essas pessoas vêm mais preparadas e aprendem mais com a sua experiência profissional. As reportagens e editoriais que reclamam dos bacharéis que viram donos de armazém cometem erro duplo: primeiro, ao retratarem a exceção como se fosse regra; segundo, por não entenderem que é preferível para o país ter um balconista com diploma superior a outro analfabeto.
Os alunos que cursam faculdades ruins não estão sendo enganados nem vitimados. Estão dando duro para galgar o seu degrau na escada social, com poucos recursos e tendo como ponto de partida uma péssima educação de base.
O estado não precisa proteger o cidadão de si mesmo. Melhor seria se o protegesse da inépcia do próprio governo. Teríamos um país muito melhor se nossos líderes voltassem sua atenção para melhorar a área que lhes compete – a educação básica e as universidades públicas – em vez de se preocuparem em limitar a oferta de um serviço já fiscalizado pelo MEC e controlado pelo mercado.
Gustavo Ioschpe é economista
Revista Veja 13/02/2008
"Se o aluno não está em universidade melhor, é sinal de que não tem condições intelectuais ou financeiras de chegar lá. A pergunta que faz sentido não é se seria melhor para essealuno e para o país que ele cursasse a USP ou a faculdadeda esquina. A pergunta certa: é melhor que ele curse a faculdade da esquina ou faculdade nenhuma?"
Já virou clichê afirmar que a educação é uma das ferramentas estratégicas mais importantes – provavelmente a mais importante – para um povo que queira se desenvolver nos dias que correm. Algumas pesquisas da década de 90, olhando para o crescimento econômico dos trinta anos anteriores, apontavam que a educação secundária era significativa para o crescimento, mas não a primária. É muito provável que os pesquisadores de 2040 identifiquem o ensino superior, e não mais o secundário, como a variável relevante para explicar o desenvolvimento dos países no começo deste milênio. Nos países mais avançados, a educação secundária já foi massificada há tempo, e vários desses países caminham rapidamente para 100% de matrícula no ensino universitário. Segundo os últimos dados da Unesco, a Coréia e a Finlândia já passaram dos 90%; a Suécia, a Dinamarca, os Estados Unidos e a Nova Zelândia já superaram os 80%. A média dos países da América do Norte e da Europa está em 70%. É no nível de ensino superior, portanto, que os países cada vez mais se diferenciarão.
Esse é um fenômeno recente, ocorrido nos últimos 25 anos. Os países que buscavam o desenvolvimento rápido entenderam que a qualificação de suas populações era um caminho obrigatório e trataram de criar mecanismos que permitissem a massificação do conhecimento em seu nível mais alto. Entre 1980 e 1997, por exemplo, a Coréia aumentou sua taxa de matrícula universitária em 353%, a Turquia em 320%, Portugal em 255%, e assim por diante. O resultado é que vários países, inclusive aqueles que partiram de um patamar muito baixo, chegaram aos dias de hoje em condições de sonhar. O Chile, por exemplo, tem atualmente 48% dos seus alunos em idade universitária no ensino superior. O Líbano tem 46%. O Panamá tem 44%, o Uruguai tem 42%, a Venezuela tem 41%. A China vem assombrando o mundo com a rapidez da sua ascensão: de 6% de matriculados em 1999, passou para 22% em 2006.
O Brasil foi mais uma vez a exceção negativa. Apesar de termos universidades tradicionais, no período 1980-1997 aumentamos nossa matrícula em apenas 36%, e mesmo o crescimento acelerado nos últimos dez anos ainda nos deixa com apenas 24% de matrícula no ensino superior. Praticamente um terço dos países desenvolvidos e metade de vários dos nossos vizinhos continentais, portanto.
Estagnamos por três razões. A primeira é a péssima qualidade da educação básica, que gera um número pequeno de concluintes aptos a entrar no ensino superior. A segunda é o estrangulamento do modelo financeiro: as universidades públicas brasileiras estão entre as mais caras do mundo e sua replicação em escala é inviável, e falta renda na população para custear mais ensino privado. Finalmente, faltavam até há pouco opções de cursos superiores mais adaptadas às demandas desse novo contingente de estudantes, que querem programas mais curtos e mais direcionados às necessidades do mercado de trabalho, sem ter interesse em uma formação acadêmica, humanista. Nos países desenvolvidos, entre 15% e 30% da matrícula costuma ser nesses cursos mais curtos e profissionalizantes, contra 4% no Brasil.
Em um cenário como esse, de tremenda defasagem do Brasil em relação ao resto do mundo, deveríamos estar correndo a todo o vapor para recuperar o tempo perdido, focando na melhoria do ensino básico, na expansão das vagas em universidades públicas, na criação de mecanismos de financiamento das universidades privadas e em campanhas antievasão dos alunos já matriculados.
Causa estranheza e certo desalento, portanto, que nesse cenário o Ministério da Educação tenha iniciado uma campanha para monitorar e eventualmente fechar os cursos de baixa avaliação institucional, primeiro na área de direito, agora na área de pedagogia. A ação parte do pressuposto de que esses maus cursos são uma arapuca, que enganam seus alunos oferecendo um ensino que não os prepara para nada. Seriam meras fábricas de diploma, prejudicando seus alunos e pondo em risco a sociedade atendida por seus formandos. É mais um caso do viés ideológico antiliberal contaminando uma área estratégica para o país.
A idéia de que os alunos são enganados não se sustenta. Quem está em idade universitária e já passou por todo o sistema de ensino, e trabalha para poder pagar suas mensalidades (dos sessenta cursos de pedagogia, 57 são privados; todos os oitenta de direito também), não é exatamente um ingênuo, uma criança perdida. Todas as instituições brasileiras passam por um amplo processo de avaliação, tanto externa como por meio de exames feitos pelos próprios alunos, e seus resultados estão disponíveis na internet. Quando um aluno se matricula em um curso barato de uma instituição de pouco prestígio, ele não está atrás de uma posição de presidente de empresa ou de eminência intelectual: ele quer subir um pouco na vida, ganhar um pouco mais. Como em qualquer área, há serviços melhores e piores, com preços correspondentes. Se o aluno não está em universidade melhor, é sinal de que não tem condições intelectuais ou financeiras de chegar lá. Sem a universidade ruim, esse aluno não cursará faculdade alguma. A pergunta que faz sentido não é se seria melhor para esse aluno e para o país que ele cursasse a USP ou a faculdade da esquina. A pergunta certa: é melhor que ele curse a faculdade da esquina ou faculdade nenhuma?
A resposta a essa pergunta é dada de forma categórica pelo mercado de trabalho. Uma pessoa com ensino superior concluído ganha cerca de três vezes mais do que outra que tenha cursado apenas alguns anos do ensino superior, e quase cinco vezes mais do que aquela que cursou somente o ensino secundário. Estudo recente aponta que a taxa de retorno a um diplomado de ensino superior – isto é, o aumento salarial decorrente desse nível de estudo, descontado o seu custo – é de incríveis 19% a 20% ao ano. Educação superior, no Brasil, é melhor do que qualquer investimento – e não precisa ser economista para ter esse conhecimento intuitivo.
A idéia de que universidades, ou o sistema escolar como um todo, possam ser meras fábricas de diplomas é antiga. Sua formulação acadêmica já surgia na década de 70. Faz sentido imaginar que um empregador busque, no meio da incerteza do mercado de trabalho, um indicador para garantir a competência e a confiabilidade do futuro empregado. Um diploma seria esse indicador. A escola não agregaria muito em termos de conteúdo, mas seria mera ferramenta de sinalização, como que dizendo: "pode me contratar. Eu passei dez anos sem bater nas minhas professoras quando tirava nota baixa nem ficar pelado cada vez que me sentia atraído por uma coleguinha. Não vou espancá-lo se não me der um aumento, nem lhe causar processos de assédio sexual". Se essa hipótese fosse correta, os salários das pessoas – com diploma e sem – tenderiam a seguir um padrão aleatório ao longo do tempo, à medida que a produtividade de cada uma determinasse seus ganhos. Em realidade, acontece exatamente o oposto: não só as pessoas com maior instrução recebem maiores salários ao longo de toda a vida como a diferença entre os com e os sem-instrução aumenta com o passar dos anos. O mercado de trabalho não paga maiores salários aos mais instruídos pela beleza do seu diploma: paga mais porque essas pessoas vêm mais preparadas e aprendem mais com a sua experiência profissional. As reportagens e editoriais que reclamam dos bacharéis que viram donos de armazém cometem erro duplo: primeiro, ao retratarem a exceção como se fosse regra; segundo, por não entenderem que é preferível para o país ter um balconista com diploma superior a outro analfabeto.
Os alunos que cursam faculdades ruins não estão sendo enganados nem vitimados. Estão dando duro para galgar o seu degrau na escada social, com poucos recursos e tendo como ponto de partida uma péssima educação de base.
O estado não precisa proteger o cidadão de si mesmo. Melhor seria se o protegesse da inépcia do próprio governo. Teríamos um país muito melhor se nossos líderes voltassem sua atenção para melhorar a área que lhes compete – a educação básica e as universidades públicas – em vez de se preocuparem em limitar a oferta de um serviço já fiscalizado pelo MEC e controlado pelo mercado.
Gustavo Ioschpe é economista
Salário de professor
Ponto de vista: Claudio de Moura Castro
Revista Veja 13/02/2008
"A experiência dos estados mais bem-sucedidosmostra que consertar a educação requer muitomais do que jogar dinheiro no sistema"
Segundo afirmativa corrente, os professores da educação básica ganham pouco, por isso a educação é ruim. Como tenho a infeliz sina de acreditar na ciência, para mim isso é assunto de contar e medir. Ganhar pouco ou muito é uma questão relativa (como se viu pelas discussões sobre salários de deputados e juízes). Portanto, só tem sentido a comparação com categorias equivalentes. Com Gustavo Ioschpe, fiz uma revisão de duas pesquisas meticulosas, cotejando o salário dos professores com o de outros grupos profissionais na América Latina. Os resultados colidem com os mitos. Em confronto com pessoas de educação equivalente, os professores não ganham menos. Calculando-se os salários-hora, aumenta a superioridade salarial dos mestres, inclusive dos brasileiros. Ou seja, não se pode dizer que os professores ganham mal, considerando a remuneração de profissionais com igual escolaridade. Há significativas variações, de estado para estado, sendo alguns professores realmente mal pagos. Mas, como a educação é ruim na média, faz sentido comparar salários de professores, também na média.
Outro estudo interessante nos é dado por uma pesquisa recente de Samuel Pessoa, na qual o autor confronta os salários do sistema privado com os do sistema público. Em contraste com as conversas de botequim, em média os salários do setor privado são ligeiramente inferiores, apesar da ampla superioridade no desempenho dos seus alunos. Mais um abalo sísmico nos castelos da imaginação.
Outra maneira de ver o assunto é perguntar se a salários maiores corresponde um ensino de qualidade superior. Filosofar não resolve. Faz mais sentido calcular os coeficientes de correlação. No caso, esses números medem a probabilidade de que salários mais altos dos professores ocorram nos sistemas estaduais com melhor educação – medida por um índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) mais elevado. Foram tomadas várias definições de salário: do ensino médio, do fundamental, salário-hora, com e sem gratificação e, também, o orçamento estadual para a educação (per capita). Os resultados são sempre os mesmos, quaisquer que sejam as definições. Não há nenhuma associação entre salário alto e educação boa. Os estados com desempenho superior no ensino tanto podem pagar bem como mal. Por exemplo, Alagoas e Amazonas pagam muito e têm desempenho fraco. Minas e Santa Catarina pagam pouco e estão no topo da lista do Ideb.
Só há uma conclusão possível da análise de tais números: a má qualidade do nosso ensino não pode ser explicada pelos salários dos professores. Não se trata de metafísica nem de imponderáveis. Quem discordar dessa afirmativa que trate de demonstrar que os números estão errados. Mas, remexendo outros números, podemos encontrar algumas pistas intrigantes. Pesquisa recente indicou que 80% dos professores da rede pública estavam insatisfeitos e com sua auto-estima chamuscada. Já em uma pesquisa com escolas privadas de todo o Brasil, verifiquei que 80% dos professores estavam satisfeitos. Ou seja, com níveis salariais parecidos, as escolas privadas – não apenas as de elite – atraem melhores professores e os mantêm contentes. Não há dados confiáveis, mas parece que os professores estão também contentes nas públicas bem lideradas.
Se essas idéias fazem sentido, os sistemas públicos ganhariam em qualidade se conseguissem criar um ambiente mais positivo e estimulante para os seus professores. Como a escola tem a cara do diretor, a sua escolha irresponsável arruína o ensino. Onde isso ocorre, os professores se sentem desvalorizados e manipulados pela burocracia. Os mais graves pepinos estão no clientelismo do governo local. A politicagem passa na frente das preocupações com a qualidade. A carreira do magistério é leniente com malandros e incompetentes. É a "incompetência ignorada, a competência não reconhecida". No fim das contas, a experiência dos estados mais bem-sucedidos mostra que consertar a educação requer muito mais do que jogar dinheiro no sistema.
Claudio de Moura Castro é economista(Claudio&Moura&Castro@cmcastro.com.br)
Revista Veja 13/02/2008
"A experiência dos estados mais bem-sucedidosmostra que consertar a educação requer muitomais do que jogar dinheiro no sistema"
Segundo afirmativa corrente, os professores da educação básica ganham pouco, por isso a educação é ruim. Como tenho a infeliz sina de acreditar na ciência, para mim isso é assunto de contar e medir. Ganhar pouco ou muito é uma questão relativa (como se viu pelas discussões sobre salários de deputados e juízes). Portanto, só tem sentido a comparação com categorias equivalentes. Com Gustavo Ioschpe, fiz uma revisão de duas pesquisas meticulosas, cotejando o salário dos professores com o de outros grupos profissionais na América Latina. Os resultados colidem com os mitos. Em confronto com pessoas de educação equivalente, os professores não ganham menos. Calculando-se os salários-hora, aumenta a superioridade salarial dos mestres, inclusive dos brasileiros. Ou seja, não se pode dizer que os professores ganham mal, considerando a remuneração de profissionais com igual escolaridade. Há significativas variações, de estado para estado, sendo alguns professores realmente mal pagos. Mas, como a educação é ruim na média, faz sentido comparar salários de professores, também na média.
Outro estudo interessante nos é dado por uma pesquisa recente de Samuel Pessoa, na qual o autor confronta os salários do sistema privado com os do sistema público. Em contraste com as conversas de botequim, em média os salários do setor privado são ligeiramente inferiores, apesar da ampla superioridade no desempenho dos seus alunos. Mais um abalo sísmico nos castelos da imaginação.
Outra maneira de ver o assunto é perguntar se a salários maiores corresponde um ensino de qualidade superior. Filosofar não resolve. Faz mais sentido calcular os coeficientes de correlação. No caso, esses números medem a probabilidade de que salários mais altos dos professores ocorram nos sistemas estaduais com melhor educação – medida por um índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) mais elevado. Foram tomadas várias definições de salário: do ensino médio, do fundamental, salário-hora, com e sem gratificação e, também, o orçamento estadual para a educação (per capita). Os resultados são sempre os mesmos, quaisquer que sejam as definições. Não há nenhuma associação entre salário alto e educação boa. Os estados com desempenho superior no ensino tanto podem pagar bem como mal. Por exemplo, Alagoas e Amazonas pagam muito e têm desempenho fraco. Minas e Santa Catarina pagam pouco e estão no topo da lista do Ideb.
Só há uma conclusão possível da análise de tais números: a má qualidade do nosso ensino não pode ser explicada pelos salários dos professores. Não se trata de metafísica nem de imponderáveis. Quem discordar dessa afirmativa que trate de demonstrar que os números estão errados. Mas, remexendo outros números, podemos encontrar algumas pistas intrigantes. Pesquisa recente indicou que 80% dos professores da rede pública estavam insatisfeitos e com sua auto-estima chamuscada. Já em uma pesquisa com escolas privadas de todo o Brasil, verifiquei que 80% dos professores estavam satisfeitos. Ou seja, com níveis salariais parecidos, as escolas privadas – não apenas as de elite – atraem melhores professores e os mantêm contentes. Não há dados confiáveis, mas parece que os professores estão também contentes nas públicas bem lideradas.
Se essas idéias fazem sentido, os sistemas públicos ganhariam em qualidade se conseguissem criar um ambiente mais positivo e estimulante para os seus professores. Como a escola tem a cara do diretor, a sua escolha irresponsável arruína o ensino. Onde isso ocorre, os professores se sentem desvalorizados e manipulados pela burocracia. Os mais graves pepinos estão no clientelismo do governo local. A politicagem passa na frente das preocupações com a qualidade. A carreira do magistério é leniente com malandros e incompetentes. É a "incompetência ignorada, a competência não reconhecida". No fim das contas, a experiência dos estados mais bem-sucedidos mostra que consertar a educação requer muito mais do que jogar dinheiro no sistema.
Claudio de Moura Castro é economista(Claudio&Moura&Castro@cmcastro.com.br)
sexta-feira, 28 de março de 2008
Companhia aérea vai priorizar preço baixo
Publicado em 28.03.2008 - Jornal do Commercio
A nova empresa começa a operar no Brasil em janeiro de 2009 e pertence ao fundador da americana JetBlue, conhecida pelas baixas tarifasSÃO PAULO - Tarifas mais baixas e serviço diferenciado são as apostas do empresário David Neeleman (fundador e ex-presidente da empresa norte-americana de baixas-tarifas JetBlue Airways) para a nova companhia aérea que começa a operar no Brasil a partir de janeiro de 2009. O executivo destaca que operar em cidades que não são atendidas pelo mercado aéreo é outro fator importante.
O executivo preferiu, no entanto, manter em segredo qual o nível de preços que a nova empresa pretende oferecer, assim como as cidades em que pretende atuar. “Precisamos baixar mais as tarifas de modo que possamos trazer para esse mercado o passageiro que viaja hoje de ônibus e até mesmo os que não viajam”, disse.
Neeleman destacou que hoje cerca de 150 milhões de pessoas viajam pelo modal rodoviário no País e que apenas 50 milhões andam de avião. “O Brasil tem potencial para elevar em três a quatro vezes a demanda por serviços aéreos para cidades que atualmente não são atendidas”, afirmou. Na questão dos serviços, os aviões vão contar com transmissão de TV ao vivo, para os passageiros assistirem a jogos de futebol e novelas, por exemplo, em monitores individuais. O executivo explicou que a companhia pretende oferecer mais espaço entre as poltronas. “Tiramos o assento do meio, que todos consideram ruim”, disse.
A nova companhia aérea brasileira anunciou a compra de 36 jatos Embraer 195 por US$ 1,4 bilhão. O negócio inclui ainda opções para outras 20 aeronaves e direitos de compra para mais 20. O contrato pode atingir US$ 3 bilhões caso todas as opções e direitos de compra sejam confirmados. “Estamos realmente felizes com a perspectiva de ter, em breve, o Embraer 195, um avião fabricado no Brasil, voando no Brasil com uma empresa aérea do Brasil”, afirmou Frederico Fleury Curado, diretor-presidente da Embraer.
A nova empresa registrou pedido para a obtenção do Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta) junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) neste mês e lançou um site para que os internautas escolham o nome da companhia. O primeiro jato será entregue pela Embraer ainda em 2008.
Com 30% menos assentos que os jatos utilizados pelos concorrentes, a aeronave da Embraer apresenta custos por assento competitivos e, sobretudo, custos por viagem substancialmente menores. “Pelo fato de conseguirmos obter resultados positivos com menos passageiros, nós poderemos estabelecer serviços lucrativos, sem escalas, entre várias cidades, bem como um número maior de freqüências entre elas.
O Embraer 195 será configurado em classe única, acomodando 118 passageiros em uma cabine de 2 metros de altura e com dois assentos em couro de cada lado do corredor. O avião tem autonomia para voar 4.077 km (2.200 milhas náuticas), sem escalas.
Do nosso conhecimento:
Passagens grátis são alguns dos atrativos do empresário David Neeleman, fundador da companhia aérea americana JetBlue, para estimular a participação do público na escolha do nome da sua nova companhia aérea no Brasil. A partir desta quinta-feira (27) até o dia 14 de abril, quem visitar o site http://www.voceescolhe.com.br/ poderá sugerir uma denominação para a empresa. Os 10 nomes mais criativos serão colocados em votação entre o dia 15 de abril até o dia 5 de maio quando o vencedor será anunciado. O internauta que enviar a sugestão vencedora ganhará um passe vitalício da nova empresa aérea, ou seja, poderá voar de graça pelo resto da vida, sempre com direito a levar um acompanhante. Outros mil participantes que votarem no nome vencedor também ganharão bilhetes gratuitos.
A nova empresa começa a operar no Brasil em janeiro de 2009 e pertence ao fundador da americana JetBlue, conhecida pelas baixas tarifasSÃO PAULO - Tarifas mais baixas e serviço diferenciado são as apostas do empresário David Neeleman (fundador e ex-presidente da empresa norte-americana de baixas-tarifas JetBlue Airways) para a nova companhia aérea que começa a operar no Brasil a partir de janeiro de 2009. O executivo destaca que operar em cidades que não são atendidas pelo mercado aéreo é outro fator importante.
O executivo preferiu, no entanto, manter em segredo qual o nível de preços que a nova empresa pretende oferecer, assim como as cidades em que pretende atuar. “Precisamos baixar mais as tarifas de modo que possamos trazer para esse mercado o passageiro que viaja hoje de ônibus e até mesmo os que não viajam”, disse.
Neeleman destacou que hoje cerca de 150 milhões de pessoas viajam pelo modal rodoviário no País e que apenas 50 milhões andam de avião. “O Brasil tem potencial para elevar em três a quatro vezes a demanda por serviços aéreos para cidades que atualmente não são atendidas”, afirmou. Na questão dos serviços, os aviões vão contar com transmissão de TV ao vivo, para os passageiros assistirem a jogos de futebol e novelas, por exemplo, em monitores individuais. O executivo explicou que a companhia pretende oferecer mais espaço entre as poltronas. “Tiramos o assento do meio, que todos consideram ruim”, disse.
A nova companhia aérea brasileira anunciou a compra de 36 jatos Embraer 195 por US$ 1,4 bilhão. O negócio inclui ainda opções para outras 20 aeronaves e direitos de compra para mais 20. O contrato pode atingir US$ 3 bilhões caso todas as opções e direitos de compra sejam confirmados. “Estamos realmente felizes com a perspectiva de ter, em breve, o Embraer 195, um avião fabricado no Brasil, voando no Brasil com uma empresa aérea do Brasil”, afirmou Frederico Fleury Curado, diretor-presidente da Embraer.
A nova empresa registrou pedido para a obtenção do Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta) junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) neste mês e lançou um site para que os internautas escolham o nome da companhia. O primeiro jato será entregue pela Embraer ainda em 2008.
Com 30% menos assentos que os jatos utilizados pelos concorrentes, a aeronave da Embraer apresenta custos por assento competitivos e, sobretudo, custos por viagem substancialmente menores. “Pelo fato de conseguirmos obter resultados positivos com menos passageiros, nós poderemos estabelecer serviços lucrativos, sem escalas, entre várias cidades, bem como um número maior de freqüências entre elas.
O Embraer 195 será configurado em classe única, acomodando 118 passageiros em uma cabine de 2 metros de altura e com dois assentos em couro de cada lado do corredor. O avião tem autonomia para voar 4.077 km (2.200 milhas náuticas), sem escalas.
Do nosso conhecimento:
Passagens grátis são alguns dos atrativos do empresário David Neeleman, fundador da companhia aérea americana JetBlue, para estimular a participação do público na escolha do nome da sua nova companhia aérea no Brasil. A partir desta quinta-feira (27) até o dia 14 de abril, quem visitar o site http://www.voceescolhe.com.br/ poderá sugerir uma denominação para a empresa. Os 10 nomes mais criativos serão colocados em votação entre o dia 15 de abril até o dia 5 de maio quando o vencedor será anunciado. O internauta que enviar a sugestão vencedora ganhará um passe vitalício da nova empresa aérea, ou seja, poderá voar de graça pelo resto da vida, sempre com direito a levar um acompanhante. Outros mil participantes que votarem no nome vencedor também ganharão bilhetes gratuitos.
INTERNET SEM FIO
Shopping Guararapes oferece wifi
Publicado em 26.03.2008 - Jornal do Commercio
O Shopping Guararapes oferece conexão à internet gratuita, em alta velocidade, para os seus clientes, a partir de hoje. A conexão em rede wireless está disponível nas praças de alimentação, de eventos e da cidade. Qualquer cliente portando notebook, palmtop ou celular que aceite conexão sem fio, poderá se conectar à rede a uma velocidade de 512 kbps. Para se conectar, o usuário deve fazer um cadastro no primeiro acesso, fornecendo apenas o nome, CPF, data de nascimento, endereço, e-mail e telefone. Os clientes devem selecionar a rede Shopping Guararapes entre as disponíveis e detectadas. A conexão wireless no centro de compras está disponível de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 12h às 20h.
Publicado em 26.03.2008 - Jornal do Commercio
O Shopping Guararapes oferece conexão à internet gratuita, em alta velocidade, para os seus clientes, a partir de hoje. A conexão em rede wireless está disponível nas praças de alimentação, de eventos e da cidade. Qualquer cliente portando notebook, palmtop ou celular que aceite conexão sem fio, poderá se conectar à rede a uma velocidade de 512 kbps. Para se conectar, o usuário deve fazer um cadastro no primeiro acesso, fornecendo apenas o nome, CPF, data de nascimento, endereço, e-mail e telefone. Os clientes devem selecionar a rede Shopping Guararapes entre as disponíveis e detectadas. A conexão wireless no centro de compras está disponível de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 12h às 20h.
MEC divulga cursos de Direito que terão corte de vagas
O Ministério da Educação (MEC) divulgou hoje a lista dos 23 cursos de Direito que deverão cortar 13.786 vagas por terem baixo desempenho no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).
Veja os cursos e faculdades atingidas
(Em formato TXT)
Em janeiro deste ano, 29 cursos de Direito assinaram o Termo de Saneamento, que previa a redução de 6,3 mil vagas. Contudo, a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação Superior do MEC (SESu/MEC) informou hoje que o número de vagas foi ampliado para 13,7 mil.
Mais seis cursos de Direito já estão com seus Termos de Saneamento assinados pelas instituições e outros 17 receberam o documento elaborado pela SESu e devem retornar nos próximos dias com a aceitação das instituições. Além disso, outros 14 cursos já tiveram suas verificações concluídas pela comissão de especialistas que está concluindo os relatórios. Os 14 cursos restantes devem receber a vistoria nas próximas três semanas.
Esse é o último levantamento da Coordenação Geral de Supervisão da Educação Superior do MEC sobre o processo de supervisão dos 80 cursos de Direito notificados pela SESu em outubro do ano passado por apresentarem baixo desempenho no Enade e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).
De acordo com o secretário da SESu, Ronaldo Mota, "neste segundo momento, o total de vagas reduzidas deve chegar em torno de 13,5 mil, em 23 cursos, que somadas as 6,3 mil de janeiro, de 29 cursos, totalizará uma redução superior a 19 mil vagas em 52 cursos, ainda restando mais 28 cursos para finalizar".
A previsão é de que no final de abril, todos os cursos sob supervisão tenham passado pela verificação de qualidade e os Termos de Saneamento de Deficiências consolidados. Segundo Mota, "a previsão, ao final desse processo, é de reduzirmos mais de 25 mil vagas ofertadas, quase o dobro do previsto originalmente.
A assessoria de imprensa da SESu informou que, se as faculdades não assinarem o termo de compromisso, o MEC pode abrir um processo administrativo contra essas instituições que pode resultar até mesmo no fechamento dessas graduações.
Redação Terra 27/03/2008
Veja os cursos e faculdades atingidas
(Em formato TXT)
Em janeiro deste ano, 29 cursos de Direito assinaram o Termo de Saneamento, que previa a redução de 6,3 mil vagas. Contudo, a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação Superior do MEC (SESu/MEC) informou hoje que o número de vagas foi ampliado para 13,7 mil.
Mais seis cursos de Direito já estão com seus Termos de Saneamento assinados pelas instituições e outros 17 receberam o documento elaborado pela SESu e devem retornar nos próximos dias com a aceitação das instituições. Além disso, outros 14 cursos já tiveram suas verificações concluídas pela comissão de especialistas que está concluindo os relatórios. Os 14 cursos restantes devem receber a vistoria nas próximas três semanas.
Esse é o último levantamento da Coordenação Geral de Supervisão da Educação Superior do MEC sobre o processo de supervisão dos 80 cursos de Direito notificados pela SESu em outubro do ano passado por apresentarem baixo desempenho no Enade e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).
De acordo com o secretário da SESu, Ronaldo Mota, "neste segundo momento, o total de vagas reduzidas deve chegar em torno de 13,5 mil, em 23 cursos, que somadas as 6,3 mil de janeiro, de 29 cursos, totalizará uma redução superior a 19 mil vagas em 52 cursos, ainda restando mais 28 cursos para finalizar".
A previsão é de que no final de abril, todos os cursos sob supervisão tenham passado pela verificação de qualidade e os Termos de Saneamento de Deficiências consolidados. Segundo Mota, "a previsão, ao final desse processo, é de reduzirmos mais de 25 mil vagas ofertadas, quase o dobro do previsto originalmente.
A assessoria de imprensa da SESu informou que, se as faculdades não assinarem o termo de compromisso, o MEC pode abrir um processo administrativo contra essas instituições que pode resultar até mesmo no fechamento dessas graduações.
Redação Terra 27/03/2008
PIADA DE SALÃO
do Blog de Jamildo 27/03/2008
"A bursite que eu tenho foi de tanto carregar faixa contra o FMI", brinca Lula
O presidente Lula está neste momento no Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (Imip), onde participa da inauguração de um laboratório. Mas ainda durante seu pronunciamento no Forum Brasil-México, em Boa Viagem, fez piada com o FMI para falar sobre o seu amadurecimento político.
"Passei 30 anos da minha vida xingando Delfim (o ex-ministro e ex-deputado Delfim Netto) e o FMI. A bursite que eu tenho foi de tanto carregar faixa contra o FMI", disse, arrancando gargalhadas dos empresários. "Quem você critica hoje pode ser seu amigo na década seguinte".
O presidente lembrou que foi importante o País ter se livrado de sua dívida com o Fundo Monetário Internacional. Mas recorreu aos ensinamentos de sua mãe, Dona Lindu, para dizer que é melhor não criticar a instituição porque o País ainda pode precisar dela no futuro.
Ele contou que sua mãe, sempre que precisava, pedia sal, açúcar, óleo emprestado aos vizinhos. "Minha mãe dizia: 'Vamos com cuidado. Amanhã podemos precisar deles'", afirmou e fez uma rápida referência à gravidade da crise nos Estados Unidos para ressaltar a importância de se ter cautela.
Lula lembrou que o Brasil chegou a dever 16 bilhões de dólares ao FMI, dos 30 bilhões que dispunha em suas reservas. Hoje o País não deve nada à instituição e acumula reservas em torno de 195 bilhões de dólares.
"A bursite que eu tenho foi de tanto carregar faixa contra o FMI", brinca Lula
O presidente Lula está neste momento no Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (Imip), onde participa da inauguração de um laboratório. Mas ainda durante seu pronunciamento no Forum Brasil-México, em Boa Viagem, fez piada com o FMI para falar sobre o seu amadurecimento político.
"Passei 30 anos da minha vida xingando Delfim (o ex-ministro e ex-deputado Delfim Netto) e o FMI. A bursite que eu tenho foi de tanto carregar faixa contra o FMI", disse, arrancando gargalhadas dos empresários. "Quem você critica hoje pode ser seu amigo na década seguinte".
O presidente lembrou que foi importante o País ter se livrado de sua dívida com o Fundo Monetário Internacional. Mas recorreu aos ensinamentos de sua mãe, Dona Lindu, para dizer que é melhor não criticar a instituição porque o País ainda pode precisar dela no futuro.
Ele contou que sua mãe, sempre que precisava, pedia sal, açúcar, óleo emprestado aos vizinhos. "Minha mãe dizia: 'Vamos com cuidado. Amanhã podemos precisar deles'", afirmou e fez uma rápida referência à gravidade da crise nos Estados Unidos para ressaltar a importância de se ter cautela.
Lula lembrou que o Brasil chegou a dever 16 bilhões de dólares ao FMI, dos 30 bilhões que dispunha em suas reservas. Hoje o País não deve nada à instituição e acumula reservas em torno de 195 bilhões de dólares.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Avião com ministros derrapa no Aeroporto do Recife
Do Blog de Jamildo 26/03/2008
Do JC OnLine
Com informações de Cidades/JC
Um avião com os ministros Hélio Costa (Comunicações) e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) derrapou, no início da tarde desta quarta-feira (26), na pista do Aeroporto Internacional do Recife. Com problemas no trem de pouso, a aeronave parou no gramado e provocou a suspensão de vôos por uma hora. Apesar do incidente, não houve feridos.
De acordo com o coronel Antônio Coutinho, comandante da base aérea do Recife, o avião chegou a decolar com três passageiros e três tripulantes, por volta das 14h30, e foi forçado a retornar ao aeroporto após o painel de controle acusar o problema no trem de pouso.
Do JC OnLine
Com informações de Cidades/JC
Um avião com os ministros Hélio Costa (Comunicações) e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) derrapou, no início da tarde desta quarta-feira (26), na pista do Aeroporto Internacional do Recife. Com problemas no trem de pouso, a aeronave parou no gramado e provocou a suspensão de vôos por uma hora. Apesar do incidente, não houve feridos.
De acordo com o coronel Antônio Coutinho, comandante da base aérea do Recife, o avião chegou a decolar com três passageiros e três tripulantes, por volta das 14h30, e foi forçado a retornar ao aeroporto após o painel de controle acusar o problema no trem de pouso.
Conheça os vinhos consumidos pelo governo
Do Blog do Magno Martins 26/03/2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu e já recebeu uma lista dos melhores vinhos nacionais para servir a autoridades estrangeiras que visitarem o país. Quando assumiu o governo, Lula recebeu queixas de produtores nacionais de que os vinhos oferecidos eram todos importados, informa a repórter do blog em Brasília Vanessa Laurino. A lista ficou pronta no final do ano passado e foi elaborada pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Vitcultura, Vinhos e Derivados e pelo Instituto Brasileiro de Vinho. São 37 marcas, a maioria produzida no Sul do país, incluindo vinhos e espumantes.
Veja as marcas indicadas:
Dezen
Dom Dionysius
Don Abel Premiun
Gheller
Gran Lovara
Maestrale
Marco Luigi
Merlot Terroir
Milantino
Mioranza
Ouro Negro
Paralelo 8 Super Premiun
Reserva Panizzon
Salton Talento
Terrasul
Valmarino Reserva da Família
Villa Francioni
Botticelli
Casa Valduga Gran Reserva
Fortaleza do Seival
Quinta Jubair
Reserva Giacomin
Santa Colina Premiun
Aurora Brut
Cave Geisse
Chandon Excellence
Cordelier Brut
Marson
Peterlongo
Salton Évidence
Courmayeur
Monarca
Oremus
Panizzon
Peterlongo
Reggio di Castela
Terranova
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu e já recebeu uma lista dos melhores vinhos nacionais para servir a autoridades estrangeiras que visitarem o país. Quando assumiu o governo, Lula recebeu queixas de produtores nacionais de que os vinhos oferecidos eram todos importados, informa a repórter do blog em Brasília Vanessa Laurino. A lista ficou pronta no final do ano passado e foi elaborada pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Vitcultura, Vinhos e Derivados e pelo Instituto Brasileiro de Vinho. São 37 marcas, a maioria produzida no Sul do país, incluindo vinhos e espumantes.
Veja as marcas indicadas:
Dezen
Dom Dionysius
Don Abel Premiun
Gheller
Gran Lovara
Maestrale
Marco Luigi
Merlot Terroir
Milantino
Mioranza
Ouro Negro
Paralelo 8 Super Premiun
Reserva Panizzon
Salton Talento
Terrasul
Valmarino Reserva da Família
Villa Francioni
Botticelli
Casa Valduga Gran Reserva
Fortaleza do Seival
Quinta Jubair
Reserva Giacomin
Santa Colina Premiun
Aurora Brut
Cave Geisse
Chandon Excellence
Cordelier Brut
Marson
Peterlongo
Salton Évidence
Courmayeur
Monarca
Oremus
Panizzon
Peterlongo
Reggio di Castela
Terranova
salários
do Blog Acerto de Contas
de O Globo Online 26/03/2008
Haddad:”Professor só tem aumento em ano eleitoral”
Os professores brasileiros ganham muito mal e só têm aumento de salário em ano eleitoral. Em matéria publicada nesta quarta-feira no jornal O Globo, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que considerou “inadmissível” que metade dos professores do país ganhe menos que o piso nacional de “apenas R$ 950″, ainda não aprovado no Congresso.
- O professor brasileiro ganha mal mesmo. O salário só aumenta em ano eleitoral. Depois é só arrocho - disse o ministro.
Professores de universidades federais estão entre as dez categorias de servidores que já fecharam acordo salarial com o governo - para pagamento este ano e até 2010, também ano eleitoral. Os reajustes para a categoria variam de 20,5% a 61,8% e deverão ser diluídos em três parcelas, sendo que a primeira será paga agora em março, ano de eleições municipais. As outras parcelas serão pagas em julho de 2009 e julho de 2010.
Como forma de melhorar a remuneração do professor, além de propor o piso nacional, segundo o ministro, o governo está criando um sistema nacional de formação de professores.
- Se você fizer um censo e perguntar quantos são formados nas universidades públicas, vai encontrar menos de 15%. Temos de aumentar o percentual de professores formados em boas escolas - defendeu.
de O Globo Online 26/03/2008
Haddad:”Professor só tem aumento em ano eleitoral”
Os professores brasileiros ganham muito mal e só têm aumento de salário em ano eleitoral. Em matéria publicada nesta quarta-feira no jornal O Globo, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que considerou “inadmissível” que metade dos professores do país ganhe menos que o piso nacional de “apenas R$ 950″, ainda não aprovado no Congresso.
- O professor brasileiro ganha mal mesmo. O salário só aumenta em ano eleitoral. Depois é só arrocho - disse o ministro.
Professores de universidades federais estão entre as dez categorias de servidores que já fecharam acordo salarial com o governo - para pagamento este ano e até 2010, também ano eleitoral. Os reajustes para a categoria variam de 20,5% a 61,8% e deverão ser diluídos em três parcelas, sendo que a primeira será paga agora em março, ano de eleições municipais. As outras parcelas serão pagas em julho de 2009 e julho de 2010.
Como forma de melhorar a remuneração do professor, além de propor o piso nacional, segundo o ministro, o governo está criando um sistema nacional de formação de professores.
- Se você fizer um censo e perguntar quantos são formados nas universidades públicas, vai encontrar menos de 15%. Temos de aumentar o percentual de professores formados em boas escolas - defendeu.
É de morrer de rir
Discursos de Lula são impagáveis
Do Blog Acerto de Contas 26/03/2008
O presidente Lula fala com o povo como ninguém. É um mestre nisso. Do discurso dele, hoje, na assinatura de ordens de serviço do PAC, gostei de duas partes. A primeira trata da transposição do Rio São Francisco e se refere à greve de fome do bispo Luiz Cappio, que é contra a obra:
“Tem barulho? Tem. Tem greve de fome? Tem. Não tem problema, eu nasci na luta. Se as pessoas fazem greve, eu já fiz greve. Se as pessoas fazem greve de fome, eu já fiz, fiz por seis dias. (inaudível) Fiz seis dias de greve de fome e quando a lombriga maior estava comendo a menor, eu fiquei pedindo a Deus para alguém me mandar parar com a greve de fome, porque eu já não agüentava mais. A vontade que eu tinha de comer um taco de rapadura, um taco de carne-de-sol.“
Rá rá rá. Mais sinceridade impossível.
O outro trecho é quando ele manda a oposição tirar o “cavalinho da chuva”:
“A oposição pensa que vai eleger o sucessor. Podem tirar o cavalinho da chuva, porque nós vamos fazer a sucessão para continuar governando este País. Podem tirar o cavalo da chuva. Ainda está muito longe… Eu vou visitar todos os estados brasileiros e os meus adversários vão dizer: ‘Está em campanha, está em campanha’. Eu não estou em campanha, porque não tem eleição para presidente. E, se tiver, eu não posso concorrer. Então, eu não estou em campanha. Agora, se eles acham que eu vou ficar lá em Brasília ouvindo discursos, eles podem fazer quantos discursos quiserem, que eu vou para a rua ouvir os discursos do povo, porque eu ganho muito mais com isso.”
Quem quiser ler a íntegra do discurso (tem outros trechos muito interessantes), clique aí abaixo. Quem quiser escutar, clique aqui. Tem que ter paciência porque o arquivo de áudio é pesado, mas vale a pena pois os discursos do nosso presidente são impagáveis.
Do Blog Acerto de Contas 26/03/2008
O presidente Lula fala com o povo como ninguém. É um mestre nisso. Do discurso dele, hoje, na assinatura de ordens de serviço do PAC, gostei de duas partes. A primeira trata da transposição do Rio São Francisco e se refere à greve de fome do bispo Luiz Cappio, que é contra a obra:
“Tem barulho? Tem. Tem greve de fome? Tem. Não tem problema, eu nasci na luta. Se as pessoas fazem greve, eu já fiz greve. Se as pessoas fazem greve de fome, eu já fiz, fiz por seis dias. (inaudível) Fiz seis dias de greve de fome e quando a lombriga maior estava comendo a menor, eu fiquei pedindo a Deus para alguém me mandar parar com a greve de fome, porque eu já não agüentava mais. A vontade que eu tinha de comer um taco de rapadura, um taco de carne-de-sol.“
Rá rá rá. Mais sinceridade impossível.
O outro trecho é quando ele manda a oposição tirar o “cavalinho da chuva”:
“A oposição pensa que vai eleger o sucessor. Podem tirar o cavalinho da chuva, porque nós vamos fazer a sucessão para continuar governando este País. Podem tirar o cavalo da chuva. Ainda está muito longe… Eu vou visitar todos os estados brasileiros e os meus adversários vão dizer: ‘Está em campanha, está em campanha’. Eu não estou em campanha, porque não tem eleição para presidente. E, se tiver, eu não posso concorrer. Então, eu não estou em campanha. Agora, se eles acham que eu vou ficar lá em Brasília ouvindo discursos, eles podem fazer quantos discursos quiserem, que eu vou para a rua ouvir os discursos do povo, porque eu ganho muito mais com isso.”
Quem quiser ler a íntegra do discurso (tem outros trechos muito interessantes), clique aí abaixo. Quem quiser escutar, clique aqui. Tem que ter paciência porque o arquivo de áudio é pesado, mas vale a pena pois os discursos do nosso presidente são impagáveis.
quarta-feira, 26 de março de 2008
Contrastes do Vestibular
Artigo assinado pelo fundador do Grupo Bureau Jurídico, Janguiê Diniz, publicado na edição de 11/03/08 do Diario de Pernambuco.
Por: Talita Vasques (11/03/08)
Enquanto 7.410 mil feras comemoravam a aprovação no concorrido vestibular das universidades federais, em Pernambuco, uma multidão enfrentava uma fila quilométrica em frente à Agência do Trabalho em busca de inscrição num cadastro que selecionará 5.775 pessoas para 62 cursos de qualificação profissional oferecidos pelo governo do estado. Em comum, esses dois grupos de brasileiros tinham a faixa etária: eram jovens, em sua maioria. As semelhanças, no entanto, restringem-se a esse aspecto. Os que se aglomeravam na entrada da Agência do Trabalho compartilham histórias de vida e oportunidades bem distintas dos "cabeças-raspadas". A maioria estudou em escola pública, mal terminou o ensino médio e pertence a famílias humildes, para as quais, em muitos casos, o desemprego significa mais do que estatística. Vaga em universidade pública, para grande parte dos que buscavam vaga nos cursos de qualificação, não passa deartigo de luxo. Com uma formação educacional deficiente, percebem-se sem maiores chances de sucesso na disputa por uma vaga nas universidades públicas. Resta a esses jovens, assim, partir em busca de emprego que lhes permita pagar as mensalidades de uma faculdade privada - único meio de conquistar o tão sonhado acesso ao ensino superior. Já o caminho trilhado pelos que conseguem aprovação nos vestibulares das universidades públicas costuma ser, em regra, mais abreviado. Não significa que, para esses, esforço e determinação sejam fatores dispensáveis, mas a diferença de condições para se alcançar os objetivos fica evidente. Além da possibilidade de investir em uma formação de melhor qualidade, há também o reforço dos "cursinhos preparatórios para vestibular". É, no mínimo, uma concorrência desleal. Ressalte-se, ainda, outra discrepância que não pode ser ignorada: embora muitos desses jovens tenham condições de pagar um curso superior, ocupam vagas dos que não podem. Eis a origem dessa distorção.Iniciativas envolvendo parcerias entre governo e iniciativa privada, embora não sejam suficientes, minimizam o problema. O Programa Universidade para Todos (ProUni) - que oferece bolsas de estudo a estudantes carentes em troca de isenção de tributos para as faculdades - é um exemplo. Mais de 400 mil jovens conseguiram cursar uma faculdade por meio da iniciativa. Os resultados, entretanto, ainda são modestos diante do desafio: somente 11% dos jovens conseguem chegar à universidade. Serão necessárias, portanto, mudanças profundas e ações incisivas para que mais jovens possam comemorar o nome no listão, seja de faculdades públicas ou privadas, deixando a procura por emprego para depois do diploma.
Por: Talita Vasques (11/03/08)
Enquanto 7.410 mil feras comemoravam a aprovação no concorrido vestibular das universidades federais, em Pernambuco, uma multidão enfrentava uma fila quilométrica em frente à Agência do Trabalho em busca de inscrição num cadastro que selecionará 5.775 pessoas para 62 cursos de qualificação profissional oferecidos pelo governo do estado. Em comum, esses dois grupos de brasileiros tinham a faixa etária: eram jovens, em sua maioria. As semelhanças, no entanto, restringem-se a esse aspecto. Os que se aglomeravam na entrada da Agência do Trabalho compartilham histórias de vida e oportunidades bem distintas dos "cabeças-raspadas". A maioria estudou em escola pública, mal terminou o ensino médio e pertence a famílias humildes, para as quais, em muitos casos, o desemprego significa mais do que estatística. Vaga em universidade pública, para grande parte dos que buscavam vaga nos cursos de qualificação, não passa deartigo de luxo. Com uma formação educacional deficiente, percebem-se sem maiores chances de sucesso na disputa por uma vaga nas universidades públicas. Resta a esses jovens, assim, partir em busca de emprego que lhes permita pagar as mensalidades de uma faculdade privada - único meio de conquistar o tão sonhado acesso ao ensino superior. Já o caminho trilhado pelos que conseguem aprovação nos vestibulares das universidades públicas costuma ser, em regra, mais abreviado. Não significa que, para esses, esforço e determinação sejam fatores dispensáveis, mas a diferença de condições para se alcançar os objetivos fica evidente. Além da possibilidade de investir em uma formação de melhor qualidade, há também o reforço dos "cursinhos preparatórios para vestibular". É, no mínimo, uma concorrência desleal. Ressalte-se, ainda, outra discrepância que não pode ser ignorada: embora muitos desses jovens tenham condições de pagar um curso superior, ocupam vagas dos que não podem. Eis a origem dessa distorção.Iniciativas envolvendo parcerias entre governo e iniciativa privada, embora não sejam suficientes, minimizam o problema. O Programa Universidade para Todos (ProUni) - que oferece bolsas de estudo a estudantes carentes em troca de isenção de tributos para as faculdades - é um exemplo. Mais de 400 mil jovens conseguiram cursar uma faculdade por meio da iniciativa. Os resultados, entretanto, ainda são modestos diante do desafio: somente 11% dos jovens conseguem chegar à universidade. Serão necessárias, portanto, mudanças profundas e ações incisivas para que mais jovens possam comemorar o nome no listão, seja de faculdades públicas ou privadas, deixando a procura por emprego para depois do diploma.
Urubu em turbina cancela vôo no Recife
do Blog da Folha 25/03/2008
Um avião da Varig teve problemas ao pousar no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre. O motivo: um urubu teria entrado em uma das turbinas da aeronave. O vôo de número 8614 sairia às 6h da capital pernambucana com destino a Brasília, Porto Alegre e Buenos Aires, mas teve que ser cancelado após a detecção do problema. Alguns passageiros, entre eles o ex-deputado Pedro Correa, foram remanejados para outras companhias e os demais poderão ficar sem viajar por falta de vagas. A Anac ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Um avião da Varig teve problemas ao pousar no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre. O motivo: um urubu teria entrado em uma das turbinas da aeronave. O vôo de número 8614 sairia às 6h da capital pernambucana com destino a Brasília, Porto Alegre e Buenos Aires, mas teve que ser cancelado após a detecção do problema. Alguns passageiros, entre eles o ex-deputado Pedro Correa, foram remanejados para outras companhias e os demais poderão ficar sem viajar por falta de vagas. A Anac ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Direito de aprender
Publicação mostra boas práticas de aprendizagem em municípios
do Blog Acerto de contas 25/03/2008
da Agência Brasil
O ministro da Educação, Fernando Haddad, participa hoje (25) do lançamento da publicação Redes de Aprendizagem - boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender. Será às 9h30, na Academia de Tênis, em Brasília. O lançamento ocorre durante o 3º Fórum Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação.
O estudo é um trabalho conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).Ele foi elaborado no período de outubro a novembro de 2007.
A pesquisa identificou boas práticas de redes municipais de ensino no país. Foram visitados 37 municípios que tiveram bons resultados de aprendizagem medidos pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
do Blog Acerto de contas 25/03/2008
da Agência Brasil
O ministro da Educação, Fernando Haddad, participa hoje (25) do lançamento da publicação Redes de Aprendizagem - boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender. Será às 9h30, na Academia de Tênis, em Brasília. O lançamento ocorre durante o 3º Fórum Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação.
O estudo é um trabalho conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).Ele foi elaborado no período de outubro a novembro de 2007.
A pesquisa identificou boas práticas de redes municipais de ensino no país. Foram visitados 37 municípios que tiveram bons resultados de aprendizagem medidos pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Gestores temem fim do salário-educação, mas ministro descarta prejuízos
Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação
do Blog Acerto de Contas 25/03/2008
da Agência Brasil
A União Nacional de Dirigentes Municipais da Educação (Undime) definiu ontem (24) posição contrária à extinção do salário-educação e à permanência da Desvinculação das Receitas da União (DRU), previstas na proposta de emenda à Constituição que trata da reforma tributária. A decisão foi tomada pelo conselho da Undime, reunido para o 3º Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação, aberto ontem em Brasília.
De acordo com a presidenta da Undime, Justina de Araújo Silva, a extinção da contribuição, criada em 1964 e incorporada pela Constituição de 1988 como fonte de custeio da educação, vai trazer prejuízos “imensos” para a área, já que a arrecadação de cerca de R$ 8 bilhões por ano financia hoje a merenda escolar, livros didáticos e o Programa Dinheiro Direto na Escola (repasse direto de recursos a escolas públicas para manutenção, conservação e pequenos reparos, além da aquisição de material de consumo e permanente e aperfeiçoamento de profissionais)
“Nós vamos defender veementemente a permanência do salário educação, bem como a retirada do artigo que torna permanente a Desvinculação das Receitas da União”, afirmou Justina.
Segundo ela, não há garantias de que a criação do Imposto Sobre Valor Adicional Federal (IVA-F), prevista na proposta de reforma tributária, compense as perdas com a extinção do salário-educação. “Nós ficamos muito inseguros. A proposta desconstitucionaliza o salário-educação, retira investimentos. Da forma proposta na reforma tributária, não temos nenhuma garantia de que o IVA terá um repasse automático, como é hoje com o salário-educação, e ficaremos muito dependentes da receita.”
Justina Silva também apontou riscos de redução no financiamento da educação com a permanência da DRU, mecanismo que permite ao governo aplicar em outras áreas recursos constitucionalmente destinados ao custeio da área social.”Ela [ DRU] deixa de ser uma coisa eventual, votada a cada oito ou dez anos, e passa a ser uma emenda à Constituição, tornada permanente. Na hora em que essa permanência ocorrer, vai reduzir cada vez mais a receita vinculada da União para a educação. Isso é menos dinheiro, quando o que precisamos é de um financiamento cada vez maior, associado a uma gestão correta e responsável.”
Ao participar da abertura do Fórum, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que, segundo estudos realizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep), não haverá perda de receita para o setor educacional com a extinção do salário-educação. Haddad disse que, na prática, um percentual do IVA será vinculado à área, mudando apenas a forma de recolhimento do tributo, que deixará de incidir sobre a folha de pagamento das empresas e passará a ser recolhido com base no faturamento.
“Nossos cálculos indicam que não há risco com mudança de base de cálculo. O salário-educação continua existindo, para todos os efeitos, do ponto de vista da vinculação. Da forma como o MEC encaminhou a redação, que foi acatada pela Fazenda, nós entendemos que ela contempla os interesses da educação.”
Sobre a extinção da DRU, Haddad disse que o MEC pretende retomar o debate sobre o fim das desvinculação de receitas destinadas à educação que havia sido estabelecido antes da votação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
“Já havia entendimento com o ministro [da Fazenda] Guido Mantega de que, em caso de prorrogação da CPMF, a DRU da educação acabaria. Entendemos que, no bojo da discussão da reforma tributária, esse debate deve voltar à tona. Entramos em contato com os parlamentares que estão de acordo em reapresentar a emenda do fim da DRU agora, por ocasião da reforma tributária”, informou o ministro.
do Blog Acerto de Contas 25/03/2008
da Agência Brasil
A União Nacional de Dirigentes Municipais da Educação (Undime) definiu ontem (24) posição contrária à extinção do salário-educação e à permanência da Desvinculação das Receitas da União (DRU), previstas na proposta de emenda à Constituição que trata da reforma tributária. A decisão foi tomada pelo conselho da Undime, reunido para o 3º Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação, aberto ontem em Brasília.
De acordo com a presidenta da Undime, Justina de Araújo Silva, a extinção da contribuição, criada em 1964 e incorporada pela Constituição de 1988 como fonte de custeio da educação, vai trazer prejuízos “imensos” para a área, já que a arrecadação de cerca de R$ 8 bilhões por ano financia hoje a merenda escolar, livros didáticos e o Programa Dinheiro Direto na Escola (repasse direto de recursos a escolas públicas para manutenção, conservação e pequenos reparos, além da aquisição de material de consumo e permanente e aperfeiçoamento de profissionais)
“Nós vamos defender veementemente a permanência do salário educação, bem como a retirada do artigo que torna permanente a Desvinculação das Receitas da União”, afirmou Justina.
Segundo ela, não há garantias de que a criação do Imposto Sobre Valor Adicional Federal (IVA-F), prevista na proposta de reforma tributária, compense as perdas com a extinção do salário-educação. “Nós ficamos muito inseguros. A proposta desconstitucionaliza o salário-educação, retira investimentos. Da forma proposta na reforma tributária, não temos nenhuma garantia de que o IVA terá um repasse automático, como é hoje com o salário-educação, e ficaremos muito dependentes da receita.”
Justina Silva também apontou riscos de redução no financiamento da educação com a permanência da DRU, mecanismo que permite ao governo aplicar em outras áreas recursos constitucionalmente destinados ao custeio da área social.”Ela [ DRU] deixa de ser uma coisa eventual, votada a cada oito ou dez anos, e passa a ser uma emenda à Constituição, tornada permanente. Na hora em que essa permanência ocorrer, vai reduzir cada vez mais a receita vinculada da União para a educação. Isso é menos dinheiro, quando o que precisamos é de um financiamento cada vez maior, associado a uma gestão correta e responsável.”
Ao participar da abertura do Fórum, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que, segundo estudos realizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep), não haverá perda de receita para o setor educacional com a extinção do salário-educação. Haddad disse que, na prática, um percentual do IVA será vinculado à área, mudando apenas a forma de recolhimento do tributo, que deixará de incidir sobre a folha de pagamento das empresas e passará a ser recolhido com base no faturamento.
“Nossos cálculos indicam que não há risco com mudança de base de cálculo. O salário-educação continua existindo, para todos os efeitos, do ponto de vista da vinculação. Da forma como o MEC encaminhou a redação, que foi acatada pela Fazenda, nós entendemos que ela contempla os interesses da educação.”
Sobre a extinção da DRU, Haddad disse que o MEC pretende retomar o debate sobre o fim das desvinculação de receitas destinadas à educação que havia sido estabelecido antes da votação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
“Já havia entendimento com o ministro [da Fazenda] Guido Mantega de que, em caso de prorrogação da CPMF, a DRU da educação acabaria. Entendemos que, no bojo da discussão da reforma tributária, esse debate deve voltar à tona. Entramos em contato com os parlamentares que estão de acordo em reapresentar a emenda do fim da DRU agora, por ocasião da reforma tributária”, informou o ministro.
segunda-feira, 24 de março de 2008
Atribuições do MEC
O novo marco regulatório da educação superior
por Maria Paula Dallari Bucci e Ronaldo Mota
da Folha de S.Paulo
A função realmente capaz de garantir que os cursos satisfaçam a razão pela qual foram autorizados é a avaliação de qualidade
O Ministério da Educação vem operando profunda reformulação do marco regulatório da educação superior.
Nas palavras do ministro Fernando Haddad, passa-se do paradigma de que “o Estado avalia e o mercado regula” para uma noção mais afinada com o comando contido no artigo 209 da Constituição Federal, de que “o Estado avalia e o Estado regula”.
Para isso, definiram-se claramente três atribuições do MEC em relação à educação superior: regulação, avaliação e supervisão.No passado recente, o ministério concentrava atenção na regulação, nos aspectos formais da abertura de instituições e cursos. A autorização dava-se principalmente com base em papéis, considerando que o projeto é apenas uma promessa.
A função realmente capaz de garantir que os cursos satisfaçam a razão pela qual foram autorizados é a avaliação de qualidade, renovável periodicamente, conforme dispõe a LDB. A avaliação ganhou muito em profundidade com a instituição do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), pela lei nº 10.861/2004, que criou o Exame Nacional de Estudantes (Enade), visando aferir o desempenho efetivo dos alunos, complementado com a avaliação de cursos e instituições.
A última função que compõe o tripé é a supervisão, que permite ao MEC, a qualquer tempo, pedir informações e determinar as providências necessárias para saneamento das deficiências eventualmente detectadas em instituições e cursos.
O decreto nº 5.773/2006 passou a relacionar regulação e avaliação, prevendo que as avaliações do Sinaes gerem conseqüências. Resultados insatisfatórios poderão impedir o recredenciamento de instituição ou renovação de reconhecimento de curso.
O MEC passa a desempenhar ativamente sua parcela de responsabilidade pela fiscalização da educação superior, voltando sua atenção à realidade acadêmica dos estudantes e do funcionamento concreto dos cursos.
O MEC desencadeou, em outubro passado, a supervisão dos cursos de direito com avaliações insatisfatórias no Enade, motivado por manifestações da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras.
Os 89 cursos de direito com resultados abaixo do mínimo foram convocados a explicar as razões disso e propor medidas para o saneamento das deficiências. Foi constituída uma comissão de especialistas, que assessorou a Secretaria de Educação Superior (SESu) a analisar a consistência das medidas propostas, confrontando-as com informações colhidas em visitas in “loco”.
Algumas instituições já assinaram termo de compromisso com o MEC, com prazo máximo de um ano, ao final do qual receberão nova visita para verificar o cumprimento das providências. Estas, diga-se, muito concretas, incluem diminuição do número de vagas (cerca de 6.300 até o momento), contratação de professores com titulação e ampliação de acervo bibliográfico, entre outras, de modo que resultem em melhoria rápida e consistente do ensino.
Ao final do prazo, se não obtido o saneamento, o MEC instaurará processo administrativo, que poderá resultar no fechamento do curso, garantidos, evidentemente, o contraditório e a ampla defesa.
Essas iniciativas de supervisão representam o que há de mais inovador em relação às práticas anteriores, na medida em que servem, mais do que a aplicar medidas sancionatórias de fechamento de cursos (o que alguns segmentos da sociedade sugerem), para induzir a melhoria efetiva de sua qualidade e, conseqüentemente, da formação de pessoal de nível superior, tão necessária para o desenvolvimento do país.
Por fim, cumpre noticiar que esse conjunto de iniciativas vem passando pelo teste realmente decisivo em relação a qualquer marco regulatório, que é o do Poder Judiciário.Emblemática é a afirmação da juíza da 13ª Vara Federal: “É legítimo o procedimento instaurado pela SESu/MEC, nos limites do poder de polícia a ela por lei conferido, tendente à apuração de possíveis deficiências nos cursos jurídicos”, decisão confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “Detectado o problema em uma área específica, tem a administração que atuar”.
* MARIA PAULA DALLARI BUCCI, 44, mestre e doutora em direito pela USP, é consultora jurídica do Ministério da Educação.
RONALDO MOTA, 52, doutor em física pela University
of British Columbia e pela University of Utah, professor titular da Universidade Federal de Santa Maria (RS), é o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br
por Maria Paula Dallari Bucci e Ronaldo Mota
da Folha de S.Paulo
A função realmente capaz de garantir que os cursos satisfaçam a razão pela qual foram autorizados é a avaliação de qualidade
O Ministério da Educação vem operando profunda reformulação do marco regulatório da educação superior.
Nas palavras do ministro Fernando Haddad, passa-se do paradigma de que “o Estado avalia e o mercado regula” para uma noção mais afinada com o comando contido no artigo 209 da Constituição Federal, de que “o Estado avalia e o Estado regula”.
Para isso, definiram-se claramente três atribuições do MEC em relação à educação superior: regulação, avaliação e supervisão.No passado recente, o ministério concentrava atenção na regulação, nos aspectos formais da abertura de instituições e cursos. A autorização dava-se principalmente com base em papéis, considerando que o projeto é apenas uma promessa.
A função realmente capaz de garantir que os cursos satisfaçam a razão pela qual foram autorizados é a avaliação de qualidade, renovável periodicamente, conforme dispõe a LDB. A avaliação ganhou muito em profundidade com a instituição do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), pela lei nº 10.861/2004, que criou o Exame Nacional de Estudantes (Enade), visando aferir o desempenho efetivo dos alunos, complementado com a avaliação de cursos e instituições.
A última função que compõe o tripé é a supervisão, que permite ao MEC, a qualquer tempo, pedir informações e determinar as providências necessárias para saneamento das deficiências eventualmente detectadas em instituições e cursos.
O decreto nº 5.773/2006 passou a relacionar regulação e avaliação, prevendo que as avaliações do Sinaes gerem conseqüências. Resultados insatisfatórios poderão impedir o recredenciamento de instituição ou renovação de reconhecimento de curso.
O MEC passa a desempenhar ativamente sua parcela de responsabilidade pela fiscalização da educação superior, voltando sua atenção à realidade acadêmica dos estudantes e do funcionamento concreto dos cursos.
O MEC desencadeou, em outubro passado, a supervisão dos cursos de direito com avaliações insatisfatórias no Enade, motivado por manifestações da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras.
Os 89 cursos de direito com resultados abaixo do mínimo foram convocados a explicar as razões disso e propor medidas para o saneamento das deficiências. Foi constituída uma comissão de especialistas, que assessorou a Secretaria de Educação Superior (SESu) a analisar a consistência das medidas propostas, confrontando-as com informações colhidas em visitas in “loco”.
Algumas instituições já assinaram termo de compromisso com o MEC, com prazo máximo de um ano, ao final do qual receberão nova visita para verificar o cumprimento das providências. Estas, diga-se, muito concretas, incluem diminuição do número de vagas (cerca de 6.300 até o momento), contratação de professores com titulação e ampliação de acervo bibliográfico, entre outras, de modo que resultem em melhoria rápida e consistente do ensino.
Ao final do prazo, se não obtido o saneamento, o MEC instaurará processo administrativo, que poderá resultar no fechamento do curso, garantidos, evidentemente, o contraditório e a ampla defesa.
Essas iniciativas de supervisão representam o que há de mais inovador em relação às práticas anteriores, na medida em que servem, mais do que a aplicar medidas sancionatórias de fechamento de cursos (o que alguns segmentos da sociedade sugerem), para induzir a melhoria efetiva de sua qualidade e, conseqüentemente, da formação de pessoal de nível superior, tão necessária para o desenvolvimento do país.
Por fim, cumpre noticiar que esse conjunto de iniciativas vem passando pelo teste realmente decisivo em relação a qualquer marco regulatório, que é o do Poder Judiciário.Emblemática é a afirmação da juíza da 13ª Vara Federal: “É legítimo o procedimento instaurado pela SESu/MEC, nos limites do poder de polícia a ela por lei conferido, tendente à apuração de possíveis deficiências nos cursos jurídicos”, decisão confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “Detectado o problema em uma área específica, tem a administração que atuar”.
* MARIA PAULA DALLARI BUCCI, 44, mestre e doutora em direito pela USP, é consultora jurídica do Ministério da Educação.
RONALDO MOTA, 52, doutor em física pela University
of British Columbia e pela University of Utah, professor titular da Universidade Federal de Santa Maria (RS), é o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br
Alunos de universidades públicas devem pagar?
23/03/2008 - Blog de Magno Martins
Defendo que os alunos de Universidades Públicas paguem mensalidades. Os que não podem pagar devem receber bolsas do governo. Os alunos que chegam às instituições públicas de ensino, geralmente, são advindos de escolas privadas, principalmente nos cursos de Direito e Medicina. Se eles estudaram em escolas privadas, qual é a razão deles estudarem de graça no ensino superior?
Os alunos das Universidades Públicas quando terminam a sua graduação dão adeus. Não voltam para fazer nada na Universidade Pública, a não ser atividade docente. Esta remunerada. Os que não voltam serão médicos, juízes, promotores, executivos. Todos são ingratos com que lhe financiou, no caso, o Estado. E egoistas com os que não tiveram oportunidade de cursarem uma boa escola. O presidente Lula, na semana passada, defendeu que os alunos das escolas superiores privadas paguem o financiamento governamental por meio do trabalho após estarem formados. Excelente Idéia. Contudo, o presidente também deve cobrar dos alunos das Universidades Públicas alguma compensação. A primeira delas seria o pagamento de mensalidade. A segunda, para os bolsistas, exercício de atividade laborial não remunerada depois de formado.
As Universidades públicas de ensino superior criam uma casta de privilegiados e, por conseqüência, aprofunda a desigualdade. Elas não determinam metas para os seus professores. Estes não podem ser demitidos, pois possuem parcial estabilidade. Os docentes, infelizmente, possuem salários iguais, independente da produção científica. A estrutura burocrática das instituições públicas de ensino superior é pesada, não funcionam de modo eficaz. Laboratórios e bibliotecas não atendem com qualidade a demanda, apesar dos gastos exorbitantes por parte da União.
Infelizmente, são poucos os acadêmicos que defendem o pagamento de mensalidade nas Universidades Públicas. Alegam que se isto ocorrer, a pesquisa será prejudicada. Falso! O Estado continuará, junto com o setor privado, financiando pesquisas. Incentivos tributários, inclusive, deverão ser concedidos às empresas que contratem doutores e que desenvolvam pesquisas. Conheço inúmeras instituições privadas que desenvolvem pesquisas. Friso, ainda, que nem todos os doutores, apesar da pouco carga horária em sala de aula, desenvolve atividades de pesquisa de modo sistemático.
Espero que algum governo, algum dia, tenha a coragem de discutir a eficiência e o financiamento do ensino superior público no Brasil. Caso não, o Brasil não produzirá o número de formados e doutores que tanto necessita. Além de não enfrentar a desigualdade social com eficiência. ( Do blog de Adriano Oliveira)
Defendo que os alunos de Universidades Públicas paguem mensalidades. Os que não podem pagar devem receber bolsas do governo. Os alunos que chegam às instituições públicas de ensino, geralmente, são advindos de escolas privadas, principalmente nos cursos de Direito e Medicina. Se eles estudaram em escolas privadas, qual é a razão deles estudarem de graça no ensino superior?
Os alunos das Universidades Públicas quando terminam a sua graduação dão adeus. Não voltam para fazer nada na Universidade Pública, a não ser atividade docente. Esta remunerada. Os que não voltam serão médicos, juízes, promotores, executivos. Todos são ingratos com que lhe financiou, no caso, o Estado. E egoistas com os que não tiveram oportunidade de cursarem uma boa escola. O presidente Lula, na semana passada, defendeu que os alunos das escolas superiores privadas paguem o financiamento governamental por meio do trabalho após estarem formados. Excelente Idéia. Contudo, o presidente também deve cobrar dos alunos das Universidades Públicas alguma compensação. A primeira delas seria o pagamento de mensalidade. A segunda, para os bolsistas, exercício de atividade laborial não remunerada depois de formado.
As Universidades públicas de ensino superior criam uma casta de privilegiados e, por conseqüência, aprofunda a desigualdade. Elas não determinam metas para os seus professores. Estes não podem ser demitidos, pois possuem parcial estabilidade. Os docentes, infelizmente, possuem salários iguais, independente da produção científica. A estrutura burocrática das instituições públicas de ensino superior é pesada, não funcionam de modo eficaz. Laboratórios e bibliotecas não atendem com qualidade a demanda, apesar dos gastos exorbitantes por parte da União.
Infelizmente, são poucos os acadêmicos que defendem o pagamento de mensalidade nas Universidades Públicas. Alegam que se isto ocorrer, a pesquisa será prejudicada. Falso! O Estado continuará, junto com o setor privado, financiando pesquisas. Incentivos tributários, inclusive, deverão ser concedidos às empresas que contratem doutores e que desenvolvam pesquisas. Conheço inúmeras instituições privadas que desenvolvem pesquisas. Friso, ainda, que nem todos os doutores, apesar da pouco carga horária em sala de aula, desenvolve atividades de pesquisa de modo sistemático.
Espero que algum governo, algum dia, tenha a coragem de discutir a eficiência e o financiamento do ensino superior público no Brasil. Caso não, o Brasil não produzirá o número de formados e doutores que tanto necessita. Além de não enfrentar a desigualdade social com eficiência. ( Do blog de Adriano Oliveira)
Um terço dos estudantes de 4ª série sabe o equivalente a um aluno da 1ª
Ministério da Educação elabora parâmetros inéditos para dizer o que se deve esperar da criança em cada fase escolar
do Estadão 23/03/2008
Lisandra Paraguassú, BRASÍLIA
Um terço das crianças brasileiras matriculadas na 4ª série do ensino fundamental não sabe nem sequer o que deveriam ter aprendido ao final do 1º ano de escola. A conclusão, desta vez, é oficial, e parte de um estudo ainda inédito preparado pelo Instituto de Estatísticas e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao Ministério da Educação, e obtido com exclusividade pelo Estado. Pela primeira vez, o ministério criou parâmetros para dizer objetivamente o que um aluno deve saber em cada nível de escolaridade. A conclusão é que as crianças vão à escola, mas isso está longe de significar que estão aprendendo.
A base do estudo são os resultados da chamada Provinha Brasil, a primeira avaliação de alfabetização feita no País, que começa a ser repassada para os Estados neste mês. Para poder dizer a cada Secretaria de Educação se seus alunos sabem o que deveriam saber ao final da alfabetização, foi criada uma escala com cinco níveis.
O quarto nível, em que um estudante deve ser capaz de ler textos curtos com vocabulário comum na escola, foi considerado pelo Inep como o ideal para um menino de, normalmente, 8 anos que esteja terminando a 1ª série primária - ou o 2º ano, na nova metodologia do ensino fundamental de nove anos.
A comparação dessa escala com a do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) - a avaliação da 4ª e 8ª séries do fundamental e 3º ano do ensino médio, feita a cada dois anos - mostra que esse quarto nível corresponde de forma muito aproximada à pontuação de 125 a 150.
Porém, na 4ª série (ou, agora, o 5º ano do fundamental), um terço dos estudantes brasileiros avaliados em 2005 não passou desse nível. Se forem consideradas apenas as escolas públicas - descontadas as federais, que costumam puxar as notas para cima -, esse índice ainda fica um pouco pior: 33,3%. Nas redes municipais chega a 35%.
São crianças terminando a 4ª série, prestes a entrar em um mundo escolar ainda mais complexo, e que não conseguem entender o enunciado de uma questão ou mesmo uma historinha mais longa. E essa realidade fica ainda pior quando se olham as diferenças regionais.
Mesmo com melhorias recentes, o Nordeste ainda mantém os piores indicadores: metade das crianças de 4ª série tem nível de 1ª. No Rio Grande do Norte, quase 60% estão nessa situação. Mesmo em São Paulo, o Estado mais rico do País, são 28,7% dos estudantes.
A escala preparada pelo Inep ainda permite calcular qual seria a pontuação ideal de um estudante da 4ª série/5º ano do fundamental: entre 200 e 210 pontos, seguindo a progressão natural do aprendizado.
do Estadão 23/03/2008
Lisandra Paraguassú, BRASÍLIA
Um terço das crianças brasileiras matriculadas na 4ª série do ensino fundamental não sabe nem sequer o que deveriam ter aprendido ao final do 1º ano de escola. A conclusão, desta vez, é oficial, e parte de um estudo ainda inédito preparado pelo Instituto de Estatísticas e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao Ministério da Educação, e obtido com exclusividade pelo Estado. Pela primeira vez, o ministério criou parâmetros para dizer objetivamente o que um aluno deve saber em cada nível de escolaridade. A conclusão é que as crianças vão à escola, mas isso está longe de significar que estão aprendendo.
A base do estudo são os resultados da chamada Provinha Brasil, a primeira avaliação de alfabetização feita no País, que começa a ser repassada para os Estados neste mês. Para poder dizer a cada Secretaria de Educação se seus alunos sabem o que deveriam saber ao final da alfabetização, foi criada uma escala com cinco níveis.
O quarto nível, em que um estudante deve ser capaz de ler textos curtos com vocabulário comum na escola, foi considerado pelo Inep como o ideal para um menino de, normalmente, 8 anos que esteja terminando a 1ª série primária - ou o 2º ano, na nova metodologia do ensino fundamental de nove anos.
A comparação dessa escala com a do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) - a avaliação da 4ª e 8ª séries do fundamental e 3º ano do ensino médio, feita a cada dois anos - mostra que esse quarto nível corresponde de forma muito aproximada à pontuação de 125 a 150.
Porém, na 4ª série (ou, agora, o 5º ano do fundamental), um terço dos estudantes brasileiros avaliados em 2005 não passou desse nível. Se forem consideradas apenas as escolas públicas - descontadas as federais, que costumam puxar as notas para cima -, esse índice ainda fica um pouco pior: 33,3%. Nas redes municipais chega a 35%.
São crianças terminando a 4ª série, prestes a entrar em um mundo escolar ainda mais complexo, e que não conseguem entender o enunciado de uma questão ou mesmo uma historinha mais longa. E essa realidade fica ainda pior quando se olham as diferenças regionais.
Mesmo com melhorias recentes, o Nordeste ainda mantém os piores indicadores: metade das crianças de 4ª série tem nível de 1ª. No Rio Grande do Norte, quase 60% estão nessa situação. Mesmo em São Paulo, o Estado mais rico do País, são 28,7% dos estudantes.
A escala preparada pelo Inep ainda permite calcular qual seria a pontuação ideal de um estudante da 4ª série/5º ano do fundamental: entre 200 e 210 pontos, seguindo a progressão natural do aprendizado.
Elaboração de um bom currículo pode garantir entrevista
Terra on line
Da Redação
Em São Paulo
Um currículo bem feito não é uma panacéia, mas facilita o caminho para conseguir entrevistas e ajuda a orientar os recrutadores. São enormes as chances de que um currículo mal feito seja relegado à pilha dos candidatos desinteressantes. Mas, se você conseguir produzir uma boa impressão, ele pode abrir portas. Para fazer um bom currículo, é preciso tomar certos cuidados:
1) Não abuse da paciência do entrevistador
Seja conciso pois ninguém agüenta ler mais de três páginas. Para executivos jovens, uma página é suficiente. Executivos com mais tempo de carreira podem se estender mais e nestes casos, se o currículo for muito breve, parece que ele realizou pouca coisa. Use frases curtas e evite adjetivos. Deixe margens largas e não use letras muito pequenas, lembre-se de que a maioria dos recrutadores tem mais de 40 anos e já não enxerga tão bem.
2) Vá ao ponto
Quando se tem várias experiências anteriores, convém abrir o currículo com um sumário executivo no qual, em 30 segundos de leitura, o candidato exponha seu objetivo (exemplo: Cargo Executivo na Área Industrial ou Diretor/Gerente da Área Industrial) e relacione, em tópicos curtos, as experiências profissionais que justificam a pretensão. O sumário é desnecessário para quem só teve um ou dois empregos.
3) A propaganda é a alma do negócio
Recorra a softwares de editoração eletrônica e impressoras a laser para produzir um currículo bonito. Se você foi promovido várias vezes, é importante enfatizar isso. Itens de sua carreira que não colaboram com suas ambições devem ser pouco enfatizados ou postos de lado. Inicie as frases com verbos de ação, como construí, reduzi, administrei, organizei etc. Não conte o porquê de ter deixado os empregos anteriores. Isso é assunto para a entrevista.
4) Cuidado com o português
Erros de ortografia, gramática e digitação causam péssima impressão. Peça ajuda a quem conhece bem as regras do português para revisar o texto.
5) Não se esconda
Certifique-se de colocar nome, endereço e telefone logo no início da primeira página. Currículos são lidos rapidamente e essas informações são fundamentais para você ser encontrado.
6) Evite Números de RG ou de título de eleitor são informações irrelevantes. Também não se deve informar raça, religião e filiação partidária pois estes são assuntos que nada tem a ver com sua competência. Salários anteriores, pretensão salarial e referências só devem ser apresentadas na entrevista.
Os tipos de currículos
Há três modelos básicos, o currículo cronológico, o currículo funcional e o cronológico-funcional. Saiba quando usar cada um deles.
- Cronológico: apresenta as experiências profissionais na ordem cronológica inversa (as mais recentes primeiro) e permite expressar os resultados que alcançou em cada emprego. É a mais apreciada pelos entrevistadores, porque dá uma visão geral do crescimento na carreira.
- Funcional: destaca funções e não os empregadores. É o melhor modelo para quem mudou de emprego com freqüência, teve outras carreiras ou experiências curtas pois permite que essas informações, que não ajudam a conseguir o cargo pretendido, sejam pouco enfatizadas. Só no final se apresenta a relação cronológica dos empregadores.
- Cronológico-Funcional: associa a ordem cronológica inversa dos empregadores com os cargos, realçando a experiência. É o modelo mais forte e comunicativo. É o mais adequado para quem teve uma carreira sólida e estável, e bastante experiência.
Como lidar com os pontos fracos
É possível minimizar suas fraquezas no currículo e, assim, aumentar as chances de ser chamado para uma entrevista. E, se você causar boa impressão no contato pessoal, os pontos fracos podem não fazer tanta diferença. Minimizar os defeitos é uma coisa, mentir é outra. Jamais inclua informações falsas, pois isso destrói sua credibilidade. Seguem algumas dicas:
- Ponto fraco: seus últimos empregos tiveram curta duração, depois de um longo período de estabilidade, ou não estavam relacionados com o cargo que você busca agora.
- Solução: escreva o currículo na ordem cronológica, em vez da ordem cronológica inversa. Elimine empregos mais antigos. Assim, o primeiro emprego a aparecer será aquele que você quer mostrar ou aquele em que ficou mais tempo. Ou use o currículo funcional.
- Ponto fraco: há grandes períodos de desemprego em seu currículo- Solução: não inclua datas exatas de entrada ou de saída dos empregos. Mencione somente os anos. Mas esteja preparado para explicar o que aconteceu na hora da entrevista.
- Ponto fraco: você freqüentou uma universidade, mas não concluiu o curso
- Solução: nunca minta sobre suas qualificações. Mas você pode amenizar o ponto fraco dizendo que "estudou administração de empresas", embora não tenha se graduado. Descreva suas qualificações educacionais no final, não no início do currículo
- Ponto fraco: você tem mais de 45 anos
- Solução: não mencione a idade nem os anos que freqüentou a universidade e elimine empregos antigos sem relevância, para parecer mais jovem.
- Ponto fraco: você mora numa cidade mas quer se mudar para outra.
- Solução: empregadores hesitam em chamar candidatos de outras cidades. Providencie uma caixa postal ou um telefone de recados na cidade em que pretende trabalhar.
Fonte: Como Conquistar um Ótimo Emprego, de Thomas Case
Da Redação
Em São Paulo
Um currículo bem feito não é uma panacéia, mas facilita o caminho para conseguir entrevistas e ajuda a orientar os recrutadores. São enormes as chances de que um currículo mal feito seja relegado à pilha dos candidatos desinteressantes. Mas, se você conseguir produzir uma boa impressão, ele pode abrir portas. Para fazer um bom currículo, é preciso tomar certos cuidados:
1) Não abuse da paciência do entrevistador
Seja conciso pois ninguém agüenta ler mais de três páginas. Para executivos jovens, uma página é suficiente. Executivos com mais tempo de carreira podem se estender mais e nestes casos, se o currículo for muito breve, parece que ele realizou pouca coisa. Use frases curtas e evite adjetivos. Deixe margens largas e não use letras muito pequenas, lembre-se de que a maioria dos recrutadores tem mais de 40 anos e já não enxerga tão bem.
2) Vá ao ponto
Quando se tem várias experiências anteriores, convém abrir o currículo com um sumário executivo no qual, em 30 segundos de leitura, o candidato exponha seu objetivo (exemplo: Cargo Executivo na Área Industrial ou Diretor/Gerente da Área Industrial) e relacione, em tópicos curtos, as experiências profissionais que justificam a pretensão. O sumário é desnecessário para quem só teve um ou dois empregos.
3) A propaganda é a alma do negócio
Recorra a softwares de editoração eletrônica e impressoras a laser para produzir um currículo bonito. Se você foi promovido várias vezes, é importante enfatizar isso. Itens de sua carreira que não colaboram com suas ambições devem ser pouco enfatizados ou postos de lado. Inicie as frases com verbos de ação, como construí, reduzi, administrei, organizei etc. Não conte o porquê de ter deixado os empregos anteriores. Isso é assunto para a entrevista.
4) Cuidado com o português
Erros de ortografia, gramática e digitação causam péssima impressão. Peça ajuda a quem conhece bem as regras do português para revisar o texto.
5) Não se esconda
Certifique-se de colocar nome, endereço e telefone logo no início da primeira página. Currículos são lidos rapidamente e essas informações são fundamentais para você ser encontrado.
6) Evite Números de RG ou de título de eleitor são informações irrelevantes. Também não se deve informar raça, religião e filiação partidária pois estes são assuntos que nada tem a ver com sua competência. Salários anteriores, pretensão salarial e referências só devem ser apresentadas na entrevista.
Os tipos de currículos
Há três modelos básicos, o currículo cronológico, o currículo funcional e o cronológico-funcional. Saiba quando usar cada um deles.
- Cronológico: apresenta as experiências profissionais na ordem cronológica inversa (as mais recentes primeiro) e permite expressar os resultados que alcançou em cada emprego. É a mais apreciada pelos entrevistadores, porque dá uma visão geral do crescimento na carreira.
- Funcional: destaca funções e não os empregadores. É o melhor modelo para quem mudou de emprego com freqüência, teve outras carreiras ou experiências curtas pois permite que essas informações, que não ajudam a conseguir o cargo pretendido, sejam pouco enfatizadas. Só no final se apresenta a relação cronológica dos empregadores.
- Cronológico-Funcional: associa a ordem cronológica inversa dos empregadores com os cargos, realçando a experiência. É o modelo mais forte e comunicativo. É o mais adequado para quem teve uma carreira sólida e estável, e bastante experiência.
Como lidar com os pontos fracos
É possível minimizar suas fraquezas no currículo e, assim, aumentar as chances de ser chamado para uma entrevista. E, se você causar boa impressão no contato pessoal, os pontos fracos podem não fazer tanta diferença. Minimizar os defeitos é uma coisa, mentir é outra. Jamais inclua informações falsas, pois isso destrói sua credibilidade. Seguem algumas dicas:
- Ponto fraco: seus últimos empregos tiveram curta duração, depois de um longo período de estabilidade, ou não estavam relacionados com o cargo que você busca agora.
- Solução: escreva o currículo na ordem cronológica, em vez da ordem cronológica inversa. Elimine empregos mais antigos. Assim, o primeiro emprego a aparecer será aquele que você quer mostrar ou aquele em que ficou mais tempo. Ou use o currículo funcional.
- Ponto fraco: há grandes períodos de desemprego em seu currículo- Solução: não inclua datas exatas de entrada ou de saída dos empregos. Mencione somente os anos. Mas esteja preparado para explicar o que aconteceu na hora da entrevista.
- Ponto fraco: você freqüentou uma universidade, mas não concluiu o curso
- Solução: nunca minta sobre suas qualificações. Mas você pode amenizar o ponto fraco dizendo que "estudou administração de empresas", embora não tenha se graduado. Descreva suas qualificações educacionais no final, não no início do currículo
- Ponto fraco: você tem mais de 45 anos
- Solução: não mencione a idade nem os anos que freqüentou a universidade e elimine empregos antigos sem relevância, para parecer mais jovem.
- Ponto fraco: você mora numa cidade mas quer se mudar para outra.
- Solução: empregadores hesitam em chamar candidatos de outras cidades. Providencie uma caixa postal ou um telefone de recados na cidade em que pretende trabalhar.
Fonte: Como Conquistar um Ótimo Emprego, de Thomas Case
domingo, 23 de março de 2008
BATALHA COM DALAI LAMA
Premier chinês cogita encontro com Dalai Lama;
Pequim fala de luta de 'vida e morte' no Tibete
Publicada em 19/03/2008 às 13h39m - O Globo Online
Agências internacionais
PEQUIM e LONDRES - O primeiro ministro britânico, Gordon Brown, disse nesta quarta-feira que o premier da China, Wen Jiabao, está disposto a se reunir com o Dalai Lama, líder tibetano no exílio, sob "certas condições", a fim de discutir a crise no Tibete. Brown tem encontro marcado com o Dalai Lama em maio, na capital britânica.
Apesar do movimento de aproximação, o governo da China disse, nesta quarta-feira, que enfrenta uma batalha de "vida e morte" com o Dalai Lama para tentar acabar com a onda de protestos por democracia na região do Tibete, que resultou em prisões e aumento do controle político. Segundo o jornal "South China Morning Post", as manifestações na capital do tibetana se estenderam a três províncias chinesas que fazem fronteira com o Tibete. A mídia estatal diz que 105 pessoas se renderam à polícia por participarem dos protestos em Lhasa, após autoridades fixarem um prazo para os manifestantes se entregarem. (Saiba mais sobre a crise no Tibete)
- Estamos no meio de uma dura luta envolvendo sangue e fogo, uma luta de vida e morte com a camarilha do Dalai - disse Zhang Qingli, secretário do Partido Comunista do Tibete, em uma teleconferência dos líderes da região e da sigla, segundo o China Tibet News. - Líderes de todo o país devem entender profundamente como é ardorosa, complexa e de longo prazo a natureza da luta. Após vencer o ultimato para que os manifestantes se entregassem, na segunda-feira, a TV estatal chinesa afirmou que envolvidos em agressões, destruição de bens públicos, saques e incêndios se renderam. Alguns teriam devolvido dinheiro furtado durante os distúrbios. ONGs que defendem a libertação do Tibete afirmam, entretanto, que não houve rendição.
Os protestos se estenderam de Lhasa - capital tibetana onde as manifestações começaram há dez dias - para as províncias de Sichuan, Gansu e Qinghai, informou nesta quarta o diário "South China Morning Post". Na cidade de Aba, em Sichuan (limítrofe com o Tibete), a polícia abriu fogo contra os manifestantes e deixou vários mortos, segundo a ONG Centro Tibetano para os Direitos Humanos e a Democracia, cuja sede central fica em Hong Kong.
- Eles (os manifestantes) ficaram loucos - disse ao jornal uma funcionária da policia, que afirmou que um grupo de tibetanos queimou um posto da polícia e um mercado, além de atear fogo em dois carros das forças de segurança.
A polícia admite que respondeu com gás lacrimogêneo e afirma que prendeu cinco pessoas, mas não há confirmação oficial sobre o número de mortos. Em Qinghai, que também faz fronteira com o Tibete, 100 monges desafiaram a ordem de permanecerem confinado em seu mosteiro, e após escalar uma colina atiraram objetos e queimaram incensos. Na província de Gansu, tibetanos a cavalo e em motocicletas atacaram um edifício governamental e foram recebidos com violência pela Polícia.
O governo chinês ainda não confirmou nenhum destes novos protestos. As manifestações já haviam chegado a Pequim, na segunda, onde estudantes de origem tibetana realizaram uma vigília em homenagem aos mortos nos protestos de sexta. . As manifestações pela independência do Tibete se repetiram também em diversas cidades do mundo.
Ameaça de renúncia do Dalai Lama é balde de água fria para separatistas
Em meio ao agravamento da crise no Tibete e à escalada de protestos contra a repressão chinesa na região, o Dalai Lama, líder espiritual dos budistas tibetanos e chefe de governo do Tibete no exílio, disse na terça-feira que vai renunciar à liderança do governo se os tibetanos insistirem na violência para exigirem a independência em relação a Pequim. O prêmio Nobel da Paz disse que não pode renunciar a seu papel como líder espiritual reencarnado do budismo tibetano, afirmando que "a violência é contra a natureza humana".
As declarações do Dalai Lama, apesar de coerentes com seu pensamento religioso, pela segunda vez servem como balde de água fria para a luta dos separatistas tibetanos em relação à China. No ano passado, o líder budista chegou a dizer que não deseja a independência do Tibete, mas sim "uma maior autonomia" em relação ao governo chinês, o que provocou constrangimento entre os que desejam a separação.
Horas antes de pedir pelo fim da violência e ameaçar renunciar, ele foi acusado pelo primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, de orquestrar as manifestações em que dezenas de pessoas teriam morrido . O premier disse que os seguidores do líder espiritual budista estão tentando incitar a sabotagem aos Jogos Olímpicos de Pequim, que começam em menos de cinco meses.
Em discurso na manhã de terça-feira (horário local), durante o encerramento anual do Congresso Popular da China, o premier também taxou de mentira a acusação do Dalai Lama de que o Exército chinês estaria realizando um genocídio cultural .
O governo tibetano no exílio afirmou na terça-feira que, com a morte de mais 19 manifestantes, o número de mortos durante os protestos por democracia no Tibete, iniciados no último dia 10, já chega a 99. Segundo a China, 13 civis inocentes morreram nos distúrbios do dia 14 de março, quando defensores da autonomia do Tibete atacaram lojas e casas e foram reprimidos pela polícia. Os protestos se espalharam para regiões próximas e chegaram, na segunda-feira, a Pequim,
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, se disse "cada vez mais preocupado" com os relatos de violência no Tibete. A União Européia pediu a autoridades e manifestantes que evitem a violência e disse que um boicote à Olimpíada de agosto não seria a resposta ideal. Já a Rússia estimulou a China a fazer o que for preciso para contar "ações ilegais" no Tibete. Uma breve nota da chancelaria não fez críticas ao comportamentos das autoridades.
Pequim fala de luta de 'vida e morte' no Tibete
Publicada em 19/03/2008 às 13h39m - O Globo Online
Agências internacionais
PEQUIM e LONDRES - O primeiro ministro britânico, Gordon Brown, disse nesta quarta-feira que o premier da China, Wen Jiabao, está disposto a se reunir com o Dalai Lama, líder tibetano no exílio, sob "certas condições", a fim de discutir a crise no Tibete. Brown tem encontro marcado com o Dalai Lama em maio, na capital britânica.
Apesar do movimento de aproximação, o governo da China disse, nesta quarta-feira, que enfrenta uma batalha de "vida e morte" com o Dalai Lama para tentar acabar com a onda de protestos por democracia na região do Tibete, que resultou em prisões e aumento do controle político. Segundo o jornal "South China Morning Post", as manifestações na capital do tibetana se estenderam a três províncias chinesas que fazem fronteira com o Tibete. A mídia estatal diz que 105 pessoas se renderam à polícia por participarem dos protestos em Lhasa, após autoridades fixarem um prazo para os manifestantes se entregarem. (Saiba mais sobre a crise no Tibete)
- Estamos no meio de uma dura luta envolvendo sangue e fogo, uma luta de vida e morte com a camarilha do Dalai - disse Zhang Qingli, secretário do Partido Comunista do Tibete, em uma teleconferência dos líderes da região e da sigla, segundo o China Tibet News. - Líderes de todo o país devem entender profundamente como é ardorosa, complexa e de longo prazo a natureza da luta. Após vencer o ultimato para que os manifestantes se entregassem, na segunda-feira, a TV estatal chinesa afirmou que envolvidos em agressões, destruição de bens públicos, saques e incêndios se renderam. Alguns teriam devolvido dinheiro furtado durante os distúrbios. ONGs que defendem a libertação do Tibete afirmam, entretanto, que não houve rendição.
Os protestos se estenderam de Lhasa - capital tibetana onde as manifestações começaram há dez dias - para as províncias de Sichuan, Gansu e Qinghai, informou nesta quarta o diário "South China Morning Post". Na cidade de Aba, em Sichuan (limítrofe com o Tibete), a polícia abriu fogo contra os manifestantes e deixou vários mortos, segundo a ONG Centro Tibetano para os Direitos Humanos e a Democracia, cuja sede central fica em Hong Kong.
- Eles (os manifestantes) ficaram loucos - disse ao jornal uma funcionária da policia, que afirmou que um grupo de tibetanos queimou um posto da polícia e um mercado, além de atear fogo em dois carros das forças de segurança.
A polícia admite que respondeu com gás lacrimogêneo e afirma que prendeu cinco pessoas, mas não há confirmação oficial sobre o número de mortos. Em Qinghai, que também faz fronteira com o Tibete, 100 monges desafiaram a ordem de permanecerem confinado em seu mosteiro, e após escalar uma colina atiraram objetos e queimaram incensos. Na província de Gansu, tibetanos a cavalo e em motocicletas atacaram um edifício governamental e foram recebidos com violência pela Polícia.
O governo chinês ainda não confirmou nenhum destes novos protestos. As manifestações já haviam chegado a Pequim, na segunda, onde estudantes de origem tibetana realizaram uma vigília em homenagem aos mortos nos protestos de sexta. . As manifestações pela independência do Tibete se repetiram também em diversas cidades do mundo.
Ameaça de renúncia do Dalai Lama é balde de água fria para separatistas
Em meio ao agravamento da crise no Tibete e à escalada de protestos contra a repressão chinesa na região, o Dalai Lama, líder espiritual dos budistas tibetanos e chefe de governo do Tibete no exílio, disse na terça-feira que vai renunciar à liderança do governo se os tibetanos insistirem na violência para exigirem a independência em relação a Pequim. O prêmio Nobel da Paz disse que não pode renunciar a seu papel como líder espiritual reencarnado do budismo tibetano, afirmando que "a violência é contra a natureza humana".
As declarações do Dalai Lama, apesar de coerentes com seu pensamento religioso, pela segunda vez servem como balde de água fria para a luta dos separatistas tibetanos em relação à China. No ano passado, o líder budista chegou a dizer que não deseja a independência do Tibete, mas sim "uma maior autonomia" em relação ao governo chinês, o que provocou constrangimento entre os que desejam a separação.
Horas antes de pedir pelo fim da violência e ameaçar renunciar, ele foi acusado pelo primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, de orquestrar as manifestações em que dezenas de pessoas teriam morrido . O premier disse que os seguidores do líder espiritual budista estão tentando incitar a sabotagem aos Jogos Olímpicos de Pequim, que começam em menos de cinco meses.
Em discurso na manhã de terça-feira (horário local), durante o encerramento anual do Congresso Popular da China, o premier também taxou de mentira a acusação do Dalai Lama de que o Exército chinês estaria realizando um genocídio cultural .
O governo tibetano no exílio afirmou na terça-feira que, com a morte de mais 19 manifestantes, o número de mortos durante os protestos por democracia no Tibete, iniciados no último dia 10, já chega a 99. Segundo a China, 13 civis inocentes morreram nos distúrbios do dia 14 de março, quando defensores da autonomia do Tibete atacaram lojas e casas e foram reprimidos pela polícia. Os protestos se espalharam para regiões próximas e chegaram, na segunda-feira, a Pequim,
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, se disse "cada vez mais preocupado" com os relatos de violência no Tibete. A União Européia pediu a autoridades e manifestantes que evitem a violência e disse que um boicote à Olimpíada de agosto não seria a resposta ideal. Já a Rússia estimulou a China a fazer o que for preciso para contar "ações ilegais" no Tibete. Uma breve nota da chancelaria não fez críticas ao comportamentos das autoridades.
China acusa Dalai Lama de tumultuar Olimpíadas em prol do Tibete
Olimpíadas 2008/Bastidores - (23/03/2008 18:44:26)
da Gazeta Esportiva
Chengdu (China) - O Governo Chinês acusou o Dalai Lama de incentivar o boicote dos países aos Jogos Olímpicos de Pequim, que acontecerão em agosto deste ano. Segundo os chineses, o representante do Tibete estaria tentando desvirtuar a questão da independência da província rebelde, envolvida em diversos protestos no mês de março.
Por meio do jornal People’s Daily, considerado o principal porta-voz do Partido Comunista Chinês, o Governo afirmou que os rebeldes estão sob controle. Como resposta, ainda acusou o Dalai de tentar incitar a violência no país e de arranhar propositalmente a imagem das próximas Olimpíadas.
“O Dalai está criando um esquema de seqüestro para forçar os governantes chineses a fazer concessões para a independência do Tibete”, comparou o periódico, que teve suas acusações prontamente respondidas pelo líder espiritual, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1989.
“Sempre defendi a realização das Olimpíadas em Pequim. Mais de um milhão de seres humanos, de chineses, estariam orgulhosos”, afirmou o Dalai, que garantiu não terem base as acusações feita pelos líderes do país.
Quem também foi alvo de acusações por parte do Partido Comunista foi Nancy Pelosi, representante democrata norte-americana. Pelosi esteve na Índia nesta sexta-feira e foi a primeira representante internacional a se encontrar com o Dalai Lama desde o início dos protestos em 10 de março.
A norte-americana protestou contra a situação, pedindo para que as pessoas se manifestem contra a opressão da China contra os tibetanos. “(Caso contrário), perderíamos toda a autoridade moral para falar sobre direitos humanos em qualquer lugar do mundo”, alegou Pelosi, defensora de questões polêmicas nos EUA, como o aborto.
No entanto, a agência de notícias Xinhua, igualmente vinculada ao Governo chinês, garante que a democrata ignora a verdade sobre o Tibete ou sobre a violência causada pelos protestos dos tibetanos. “Defensores dos direitos humanos como Pelosi costumam ser destemperados e pouco generosos quando vêem à China, recusando-se a checarem os fatos e a descobrirem a verdade sobre o caso”, afirmou a agência, disparando acusações. “Suas visões são como a de outros tantos políticos e meios de comunicação do Ocidente. Sob seus padrões dúbios, esconde-se a intenção de servir aos interesses de grupos que os apóiam.”
Por meio de seu porta-voz, Pelosi disse condenar os governantes chineses pela crise com o Tibete e convocou os dois lados a iniciarem “um substantivo diálogo, permitindo a jornalistas e a monitores internacionais independentes a descobrirem a verdade sobre o Tibete”.
da Gazeta Esportiva
Chengdu (China) - O Governo Chinês acusou o Dalai Lama de incentivar o boicote dos países aos Jogos Olímpicos de Pequim, que acontecerão em agosto deste ano. Segundo os chineses, o representante do Tibete estaria tentando desvirtuar a questão da independência da província rebelde, envolvida em diversos protestos no mês de março.
Por meio do jornal People’s Daily, considerado o principal porta-voz do Partido Comunista Chinês, o Governo afirmou que os rebeldes estão sob controle. Como resposta, ainda acusou o Dalai de tentar incitar a violência no país e de arranhar propositalmente a imagem das próximas Olimpíadas.
“O Dalai está criando um esquema de seqüestro para forçar os governantes chineses a fazer concessões para a independência do Tibete”, comparou o periódico, que teve suas acusações prontamente respondidas pelo líder espiritual, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1989.
“Sempre defendi a realização das Olimpíadas em Pequim. Mais de um milhão de seres humanos, de chineses, estariam orgulhosos”, afirmou o Dalai, que garantiu não terem base as acusações feita pelos líderes do país.
Quem também foi alvo de acusações por parte do Partido Comunista foi Nancy Pelosi, representante democrata norte-americana. Pelosi esteve na Índia nesta sexta-feira e foi a primeira representante internacional a se encontrar com o Dalai Lama desde o início dos protestos em 10 de março.
A norte-americana protestou contra a situação, pedindo para que as pessoas se manifestem contra a opressão da China contra os tibetanos. “(Caso contrário), perderíamos toda a autoridade moral para falar sobre direitos humanos em qualquer lugar do mundo”, alegou Pelosi, defensora de questões polêmicas nos EUA, como o aborto.
No entanto, a agência de notícias Xinhua, igualmente vinculada ao Governo chinês, garante que a democrata ignora a verdade sobre o Tibete ou sobre a violência causada pelos protestos dos tibetanos. “Defensores dos direitos humanos como Pelosi costumam ser destemperados e pouco generosos quando vêem à China, recusando-se a checarem os fatos e a descobrirem a verdade sobre o caso”, afirmou a agência, disparando acusações. “Suas visões são como a de outros tantos políticos e meios de comunicação do Ocidente. Sob seus padrões dúbios, esconde-se a intenção de servir aos interesses de grupos que os apóiam.”
Por meio de seu porta-voz, Pelosi disse condenar os governantes chineses pela crise com o Tibete e convocou os dois lados a iniciarem “um substantivo diálogo, permitindo a jornalistas e a monitores internacionais independentes a descobrirem a verdade sobre o Tibete”.
GOVERNADOR SE DIZ PREOCUPADO COM OS PROFESSORES
EM ENCONTRO COM SINTEPE
16/03/2008 18:56 - Blog de Jamildo
Incomodado com título de 'pior salário do Brasil', Eduardo Campos promete melhoria salarial para professores
Na última sexta-feira, 14 de março, Dia Nacional da Paralisação dos Educadores pela aprovação do Piso Salarial Nacional, a presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, deputada Teresa Leitão (PT), teve uma reunião com o governador Eduardo Campos, no Palácio do Campo das Princesas.
No encontro, o governador se comprometeu em lutar pela melhoria dos salários dos professores.
Segundo Teresa, Eduardo Campos se comprometeu a ajudar os professores em duas linhas de ação: a primeira, no âmbito nacional, onde usará sua liderança como presidente nacional do PSB e governador para agilizar a votação do Piso Salarial no Congresso; e no âmbito estadual, a partir dos estudos que a Secretaria de Educação está fazendo para tratar a questão salarial com medidas estratégicas e significativas.
“O governador afirmou que vai concluir esses estudos o mais rápido possível, baseando tais análises no montante de recursos vinculados à educação previstos pela Constituição Federal – os 25%, na aplicação do Fundeb e na política do piso salarial vinculado ao Plano de Cargos e Carreira”, diz Leitão.
Segundo Teresa, o governador também afirmou sentir-se incomodado com a posição que Pernambuco amarga de “pior salário dos professores no Brasil”. “Ele externou o compromisso de mudar este quadro”, afirmou Teresa Leitão.
A reunião com o governador Eduardo Campos foi um reforço simbólico ao dia nacional de lutas pelo Piso Salarial Nacional dos Educadores e contou com a participação do secretário de Educação Danilo Cabral e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe).
O encontro foi o primeiro entre o governador e o Sintepe.
“O governador Eduardo Campos se mostrou sensível à questão salarial dos educadores e às diretrizes debatidas na reunião darão condições de se ter uma Campanha Salarial este ano com resultados mais positivos para a categoria. Abrir um processo negociável com o compromisso do próprio governador é extremamente importante para o desenvolvimento das relações trabalhistas entre governo e o sindicato dos trabalhadores em educação”, lembrou Teresa.
16/03/2008 18:56 - Blog de Jamildo
Incomodado com título de 'pior salário do Brasil', Eduardo Campos promete melhoria salarial para professores
Na última sexta-feira, 14 de março, Dia Nacional da Paralisação dos Educadores pela aprovação do Piso Salarial Nacional, a presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, deputada Teresa Leitão (PT), teve uma reunião com o governador Eduardo Campos, no Palácio do Campo das Princesas.
No encontro, o governador se comprometeu em lutar pela melhoria dos salários dos professores.
Segundo Teresa, Eduardo Campos se comprometeu a ajudar os professores em duas linhas de ação: a primeira, no âmbito nacional, onde usará sua liderança como presidente nacional do PSB e governador para agilizar a votação do Piso Salarial no Congresso; e no âmbito estadual, a partir dos estudos que a Secretaria de Educação está fazendo para tratar a questão salarial com medidas estratégicas e significativas.
“O governador afirmou que vai concluir esses estudos o mais rápido possível, baseando tais análises no montante de recursos vinculados à educação previstos pela Constituição Federal – os 25%, na aplicação do Fundeb e na política do piso salarial vinculado ao Plano de Cargos e Carreira”, diz Leitão.
Segundo Teresa, o governador também afirmou sentir-se incomodado com a posição que Pernambuco amarga de “pior salário dos professores no Brasil”. “Ele externou o compromisso de mudar este quadro”, afirmou Teresa Leitão.
A reunião com o governador Eduardo Campos foi um reforço simbólico ao dia nacional de lutas pelo Piso Salarial Nacional dos Educadores e contou com a participação do secretário de Educação Danilo Cabral e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe).
O encontro foi o primeiro entre o governador e o Sintepe.
“O governador Eduardo Campos se mostrou sensível à questão salarial dos educadores e às diretrizes debatidas na reunião darão condições de se ter uma Campanha Salarial este ano com resultados mais positivos para a categoria. Abrir um processo negociável com o compromisso do próprio governador é extremamente importante para o desenvolvimento das relações trabalhistas entre governo e o sindicato dos trabalhadores em educação”, lembrou Teresa.
Jornada do professor da rede estadual vai para a internet
por Mirella Marques
da equipe do Diario de Pernambuco em 13/03/2008
Quantas vezes o aluno da rede estadual de ensino é penalizado com as constantes faltas de alguns professores? E quantas vezes também o próprio estudante utiliza a desculpa acima em casa quando, na verdade, está gazeando aula? Para facilitar a fiscalização da comunidade escolar, a Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE) vai disponibilizar pela internet, até o final do mês, toda a jornada de trabalho dos 24 mil professores da rede. Qualquer um terá acesso às disciplinas e aos horários de aula dos docentes em suas respectivas escolas. A consulta poderá ser feita através do site da SEE (www.educacao.pe.gov.br). O valor gasto com o novo sistema ainda não foi divulgado.
A vigilância proposta pela SEE terá mão dupla. Se, por um lado, os pais acompanharão as aulas dos filhos, por outro os estudantes também têm a chance de denunciar professores que faltam. As ausências podem ser comunicadas à ouvidoria on-line da SEE, que já está em funcionamento no site do órgão. “Os alunos terão mais voz. E os pais também ficarão mais atentos”, opinou a estudante do ensino médio da Escola Governador Barbosa Lima, Valéria de Andrade. Seu professor de português, Jacinto dos Santos, achou o novo sistema positivo. “Vamos saber quem está em sala”, afirmou.
Segundo o secretário Danilo Cabral, a medida dará maior transparência e controle das atividades desenvolvidas nas 1.105 escolas estaduais. “Poderemos saber quem realmente está em sala de aula ou se há e onde está o déficit de profissionais em determinada unidade”, explicou. O sistema não é novidade no país. Muitas escolas particulares utilizam a grade virtual há mais de dez anos. Algumas secretarias estaduais, como a do Rio de Janeiro, adotaram o novo formato desde 2001.
Secretário Danilo Cabral diz que a medida dará maior transparência e controle das atividades desenvolvidas nas unidades pernambucanas
Controle - O sistema foi elogiado por diretores e criticado por alguns professores pernambucanos. O gestor da Escola Estadual Oliveira Lima, Hercílio Florêncio, concorda que ficará mais fácil para a SEE controlar as faltas dos professores. Jacileide Soares, diretora da Escola Estadual Aderbal Jurema, no Curado IV, prevê que o novo sistema vai ajudar na hora de pressionar o governo. “Todo mundo vai saber onde faltam professores. Aqui mesmo, precisamos de dois profissionais para as disciplinas de matemática e português. Quem sabe agora eles chegam?”, disparou.
O professor de matemática Renan Leal, da Escola Barbosa Lima, disse que a divulgação pela internet é democrática e pode até ser válida para a melhoria da educação. “Mas os índices educacionais do estado só serão melhorados se o governo resolver investir no professor”, ponderou. Já Rosele Santos, que ensina português na mesma unidade, lembrou que alguns colegas poderão se expor mais.
Sindicalistas - O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) classificou a medida como inócua. “A categoria não tem nada a temer. Mas, se é para aumentar a transparência dos serviço, acho que ela deveria ser geral. Gostaria de saber quanto o secretário pagou à Fundação Roberto Marinho pelas telessalas do programa Travessia”, disse o presidente do Sintepe, HelenoAraújo. Os professores sindicalizados, no entanto, também reclamaram que se sentem vulneráveis com a novidade. “Podem acontecer perseguições. Todo mundo vai saber onde eles estão”, declarou.
da equipe do Diario de Pernambuco em 13/03/2008
Quantas vezes o aluno da rede estadual de ensino é penalizado com as constantes faltas de alguns professores? E quantas vezes também o próprio estudante utiliza a desculpa acima em casa quando, na verdade, está gazeando aula? Para facilitar a fiscalização da comunidade escolar, a Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE) vai disponibilizar pela internet, até o final do mês, toda a jornada de trabalho dos 24 mil professores da rede. Qualquer um terá acesso às disciplinas e aos horários de aula dos docentes em suas respectivas escolas. A consulta poderá ser feita através do site da SEE (www.educacao.pe.gov.br). O valor gasto com o novo sistema ainda não foi divulgado.
A vigilância proposta pela SEE terá mão dupla. Se, por um lado, os pais acompanharão as aulas dos filhos, por outro os estudantes também têm a chance de denunciar professores que faltam. As ausências podem ser comunicadas à ouvidoria on-line da SEE, que já está em funcionamento no site do órgão. “Os alunos terão mais voz. E os pais também ficarão mais atentos”, opinou a estudante do ensino médio da Escola Governador Barbosa Lima, Valéria de Andrade. Seu professor de português, Jacinto dos Santos, achou o novo sistema positivo. “Vamos saber quem está em sala”, afirmou.
Segundo o secretário Danilo Cabral, a medida dará maior transparência e controle das atividades desenvolvidas nas 1.105 escolas estaduais. “Poderemos saber quem realmente está em sala de aula ou se há e onde está o déficit de profissionais em determinada unidade”, explicou. O sistema não é novidade no país. Muitas escolas particulares utilizam a grade virtual há mais de dez anos. Algumas secretarias estaduais, como a do Rio de Janeiro, adotaram o novo formato desde 2001.
Secretário Danilo Cabral diz que a medida dará maior transparência e controle das atividades desenvolvidas nas unidades pernambucanas
Controle - O sistema foi elogiado por diretores e criticado por alguns professores pernambucanos. O gestor da Escola Estadual Oliveira Lima, Hercílio Florêncio, concorda que ficará mais fácil para a SEE controlar as faltas dos professores. Jacileide Soares, diretora da Escola Estadual Aderbal Jurema, no Curado IV, prevê que o novo sistema vai ajudar na hora de pressionar o governo. “Todo mundo vai saber onde faltam professores. Aqui mesmo, precisamos de dois profissionais para as disciplinas de matemática e português. Quem sabe agora eles chegam?”, disparou.
O professor de matemática Renan Leal, da Escola Barbosa Lima, disse que a divulgação pela internet é democrática e pode até ser válida para a melhoria da educação. “Mas os índices educacionais do estado só serão melhorados se o governo resolver investir no professor”, ponderou. Já Rosele Santos, que ensina português na mesma unidade, lembrou que alguns colegas poderão se expor mais.
Sindicalistas - O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) classificou a medida como inócua. “A categoria não tem nada a temer. Mas, se é para aumentar a transparência dos serviço, acho que ela deveria ser geral. Gostaria de saber quanto o secretário pagou à Fundação Roberto Marinho pelas telessalas do programa Travessia”, disse o presidente do Sintepe, HelenoAraújo. Os professores sindicalizados, no entanto, também reclamaram que se sentem vulneráveis com a novidade. “Podem acontecer perseguições. Todo mundo vai saber onde eles estão”, declarou.
Toda criança tem direito a uma escola legal
por Raítza Vieira
Especial para o Diario de Pernambuco 17/03/2008
O Diarinho foi conversar com a garotada para saber o que elas pensam sobre este lugar, que chega a ser apontado por elas como a “segunda casa”
Antes da aula começar, é aquela farra! As crianças brincam e conversam com os coleguinhas, contando coisas que viram ou fizeram no dia anterior. Até que a campainha toca, e é a hora da aula começar. Quando a professora chega na sala, a turma se acalma. A aula começa e todo mundo fica prestando atenção para aprender algum assunto.
Esta cena é comum para você? Sim, porque ela, provavelmente, acontece todos os dias na sua escola. Aquele local especial onde aprendemos coisas que estão nos livros e também coisas do nosso dia-a-dia. Conhecemos muitas pessoas, fazemos amizades, aprendemos a nos relacionar. Pois este lugar tão especial na vida de cada um de nós tem um dia especial no calendário brasileiro. Dia 19 de março é comemorado o Dia da Escola ou como, algumas pessoas a chamam , da “segunda casa”, afinal a gente passa grande parte da nossa vida nela. Entramos lá bem pequenos e só saimos muitos anos depois. E muitas vezes retornamos.
E não importa o tamanho da sua escola. O fato é que lá você aprende a ler, escrever e a fazer contas. Com o passar dos anos, aprendemos mais e mais# Aprendemos coisas sobre a natureza, sobre o nosso corpo, nossa cidade. Por isso que toda criança tem o direito de freqüentar uma boa escola.
O Diarinho visitou duas escolas da cidade, uma pública e outra particular. Nossa equipe foi conversar com alguns alunos e alunas para saber o que a escola representa para eles e elas.
O estudante Pablo Lins, 9 anos, declara logo que a sua escola tem um cantinho especial no seu coração. “Ela faz parte da minha vida”, resume bem o garoto. Na verdade, ela faz parte da vida de quase todas as pessoas. Sim, infelizmente, porque o ideal e previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente é que todas - TODAS - as crianças freqüentem a escola.
Larissa Santos, 9 anos, é outro exemplo. Ela considera a escola como parte da sua história. Desde o maternalzinho, estuda no mesmo colégio. Os amiguinhos que ela fez ao longo desse tempo vão ficar para a vida toda. Pelo menos éo que ela deseja hoje. Aprendeu a ler e a escrever também. Além do que, ela já sente a sua escola como sendo a sua segunda casa, sabendo onde ficam todas as salas e cantinhos.
Outra coisa que a turminha comentou é o gosto que eles têm em assistir às aulas e participar das atividades da escola. “Gosto da escola porque elas nos ensina a ser alguém melhor. Quando ficarmos adultos, vamos ficar sabendo de tudo”, aposta Daniel Araújo, 8 anos.
Disciplina - E tem gente que gosta tanto da escola que não perde aula por nada, e faz de tudo para não chegar atrasado. Ismar Silva, 9 anos, é uma dessas pessoas. “Estudo de manhã. Quando tenho que ir ao médico, sempre peço para minha mãe marcar a consulta à tarde”, explica.
Todas as crianças que o Diarinho conversou revelaram que amam a escola que estudam. Uma prova disso é quando chega o período de férias, que bate aquela saudade. “Eu gosto muito de vir para a escola. Nas férias, fico com vontade de vir mais. Sinto saudade dos amigos, do quadro, do livro, da diversão”, diz Amanda Cavalcanti.
Sabia que até tem criança que pede para o pai ou para a mãe ir buscá-la mais tarde na escola só para ficar mais um tempinho por lá, brincando com os colegas? Ah! Assim como na casa da gente onde temos um lugar preferido, na escola também temos. Uns preferem a sala de aula, porque é onde é ensinado o contéudo e se faz exercícios. Outros preferem a quadra porque é onde dá para correr e jogar bola. Raysabele Alves, 9 anos, revela que o que mais gosta é a sala de computação. Mesmo sem ter um computador em casa, ela diz que aprendeu, graças à escola, a entrar na internet e fazer pesquisas.
E que tal aproveitar este Dia da Escola e se reunir com os professores e funcionários e preparar algo para comemorar? Uma dica é preparar um mural bem bancana e decorar a sala de aula, prestando uma homenagem ao espaço.
Especial para o Diario de Pernambuco 17/03/2008
O Diarinho foi conversar com a garotada para saber o que elas pensam sobre este lugar, que chega a ser apontado por elas como a “segunda casa”
Antes da aula começar, é aquela farra! As crianças brincam e conversam com os coleguinhas, contando coisas que viram ou fizeram no dia anterior. Até que a campainha toca, e é a hora da aula começar. Quando a professora chega na sala, a turma se acalma. A aula começa e todo mundo fica prestando atenção para aprender algum assunto.
Esta cena é comum para você? Sim, porque ela, provavelmente, acontece todos os dias na sua escola. Aquele local especial onde aprendemos coisas que estão nos livros e também coisas do nosso dia-a-dia. Conhecemos muitas pessoas, fazemos amizades, aprendemos a nos relacionar. Pois este lugar tão especial na vida de cada um de nós tem um dia especial no calendário brasileiro. Dia 19 de março é comemorado o Dia da Escola ou como, algumas pessoas a chamam , da “segunda casa”, afinal a gente passa grande parte da nossa vida nela. Entramos lá bem pequenos e só saimos muitos anos depois. E muitas vezes retornamos.
E não importa o tamanho da sua escola. O fato é que lá você aprende a ler, escrever e a fazer contas. Com o passar dos anos, aprendemos mais e mais# Aprendemos coisas sobre a natureza, sobre o nosso corpo, nossa cidade. Por isso que toda criança tem o direito de freqüentar uma boa escola.
O Diarinho visitou duas escolas da cidade, uma pública e outra particular. Nossa equipe foi conversar com alguns alunos e alunas para saber o que a escola representa para eles e elas.
O estudante Pablo Lins, 9 anos, declara logo que a sua escola tem um cantinho especial no seu coração. “Ela faz parte da minha vida”, resume bem o garoto. Na verdade, ela faz parte da vida de quase todas as pessoas. Sim, infelizmente, porque o ideal e previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente é que todas - TODAS - as crianças freqüentem a escola.
Larissa Santos, 9 anos, é outro exemplo. Ela considera a escola como parte da sua história. Desde o maternalzinho, estuda no mesmo colégio. Os amiguinhos que ela fez ao longo desse tempo vão ficar para a vida toda. Pelo menos éo que ela deseja hoje. Aprendeu a ler e a escrever também. Além do que, ela já sente a sua escola como sendo a sua segunda casa, sabendo onde ficam todas as salas e cantinhos.
Outra coisa que a turminha comentou é o gosto que eles têm em assistir às aulas e participar das atividades da escola. “Gosto da escola porque elas nos ensina a ser alguém melhor. Quando ficarmos adultos, vamos ficar sabendo de tudo”, aposta Daniel Araújo, 8 anos.
Disciplina - E tem gente que gosta tanto da escola que não perde aula por nada, e faz de tudo para não chegar atrasado. Ismar Silva, 9 anos, é uma dessas pessoas. “Estudo de manhã. Quando tenho que ir ao médico, sempre peço para minha mãe marcar a consulta à tarde”, explica.
Todas as crianças que o Diarinho conversou revelaram que amam a escola que estudam. Uma prova disso é quando chega o período de férias, que bate aquela saudade. “Eu gosto muito de vir para a escola. Nas férias, fico com vontade de vir mais. Sinto saudade dos amigos, do quadro, do livro, da diversão”, diz Amanda Cavalcanti.
Sabia que até tem criança que pede para o pai ou para a mãe ir buscá-la mais tarde na escola só para ficar mais um tempinho por lá, brincando com os colegas? Ah! Assim como na casa da gente onde temos um lugar preferido, na escola também temos. Uns preferem a sala de aula, porque é onde é ensinado o contéudo e se faz exercícios. Outros preferem a quadra porque é onde dá para correr e jogar bola. Raysabele Alves, 9 anos, revela que o que mais gosta é a sala de computação. Mesmo sem ter um computador em casa, ela diz que aprendeu, graças à escola, a entrar na internet e fazer pesquisas.
E que tal aproveitar este Dia da Escola e se reunir com os professores e funcionários e preparar algo para comemorar? Uma dica é preparar um mural bem bancana e decorar a sala de aula, prestando uma homenagem ao espaço.
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