quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Na feira do mobile, agência 'high-tech' oferece prostitutas via celular

Folhetos com endereço de página são distribuídos na saída de evento.
Anúncios de acompanhantes chegam a destacar 'chicas brasileñas'.

Leopoldo Godoy

Do G1, em Barcelona - o repórter viajou a convite da Nokia


Folheto oferece 'catálogo' de prostituição pelo celular em Barcelona. (Foto: Leopoldo Godoy/G1)

Durante o Mobile World Congress, em Barcelona, até mesmo aquelas que trabalham na chamada profissão mais antiga do mundo abraçam a tecnologia. Uma agência de prostituição da cidade criou um site específico para telefones celulares para oferecer garotas aos participantes do evento.

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A agência, que segundo os criadores do site foi uma das primeiras da Europa a entrar na internet, funciona como um “catálogo” online de mulheres. Em folhetos distribuídos abertamente na saída do evento de tecnologia mobile constam fotos das prostitutas e o endereço para acessar novas imagens e obter informações de como contratar os serviços diretamente pelo telefone celular.

Escravidão na Espanha

Anúncio de acompanhantes em jornal destaca garotas 'brasileñas'. (Foto: Reprodução/El Mundo)

Na Espanha, a prostituição não é considerada crime, e é tolerada. As autoridades fazem vista grossa para mulheres que cobram por sexo, e se concentram em coibir situações de abuso – como tráfico de mulheres da África, Ásia, do Leste Europeu e da América Latina, em especial do Brasil.

Um relatório publicado em 2008 por uma organização não-governamental na Espanha diz que 77% das mulheres forçadas a se prostituir no país são brasileiras. Em dezembro do mesmo ano, as autoridades espanholas prenderam uma quadrilha que mantinha brasileiras como escravas em uma rede de prostituição na cidade de Madri.

Na agência “high tech” de Barcelona, pelo menos três mulheres se apresentam como brasileiras. Nos jornais locais há, inclusive, anúncios que destacam as “chicas brasileñas”. De acordo com a polícia espanhola, há cerca de 15 mil mulheres que deixaram o Brasil para trabalhar como garotas de programa no país. Em toda a Europa, o número chegaria a 45 mil.

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