BRASÍLIA (AE) - Representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estiveram ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) com a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha para falar sobre a ação que pede a legalização da antecipação dos partos de fetos com anencefalia. O assessor da Comissão Vida e Família da CNBB, padre Luiz Antônio Bento, afirmou que os representantes da entidades pretendem entregar a todos os ministros um memorial com os argumentos a favor da vida e contra o que ele considera um assassinato.
Para o padre, o feto anencéfalo é um ser humano que tem de ser respeitado. “Se ele está respirando, ele tem vida”. Ele lembrou que do caso de uma criança que nasceu em 2006 e viveu um ano e oito meses mesmo tendo recebido o diagnóstico de anencefalia. O religioso também comentou as previsões de cientistas que dizem que as crianças com anencefalia têm uma expectativa mínima de vida fora do útero e ressaltou a situação de alguns doentes terminais.
A Frente Parlamentar pela Vida encaminhou em dezembro uma representação ao Ministério Público Federal contra o relator da ação, Marco Aurélio Mello, que no ano passado afirmou que os procedimentos deveriam ser liberados pelo tribunal. Segundo o grupo, ele teria manifestado publicamente sua decisão antes do julgamento, que deverá ocorrer no primeiro semestre deste ano. A frente quer que Marco Aurélio seja afastado do processo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário