sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Dieese registra redução de 20 mil empregos na RMR

Uma pesquisa divulgada ontem (26) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostrou alta no desemprego na Região Metropolitana do Recife. O levantamento mensal foi realizado em outras cinco regiões metropolitanas. No Recife, a taxa de desemprego foi de 19,6%, índice responsável por manter a capital pernambucana na segunda colocação em desemprego. O primeiro lugar foi ocupado por Salvador, que apresentou um índice de desemprego de 19,8%.

A pesquisa mostra também que na RMR 20 mil postos de trabalho foram reduzidos entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009. A indústria foi o setor onde foram registradas mais demissões: 14 mil; seguido do comércio (2 mil); serviços, com a redução de 8 mil postos de trabalho; e setores agregados, responsáveis pela demissão de mil funcionários.

Para o coordenador regional do Dieese, Jairo Santiago, o índice de desemprego na RMR é considerado normal. "Este número se deve à sazonalidade. Nesta época do ano, depois das festas, é comum um número maior de demissões. Também é provável que uma pequena parcela deste desempenho tenha influência da crise econômica".

Outros aumentos da taxa de desemprego em comparação com o ano passado foram verificados. Na terceira colocação, ocupada pelo Distrito Federal, houve um avanço da taxa de desemprego que passou de 15,4% para 15,7%. São Paulo registrou uma taxa de 15,4%, indicando elevação de 5,9%. Em quinto lugar, vem a região metropolitana de Porto Alegre, com taxa de 10% (alta de 2%), seguida de Belo Horizonte, que apresentou alta de 4,8%, com índice de desemprego de 8,8%.

De uma forma geral o setor de serviços foi o que eliminou mais postos de trabalho com o corte de 90 mil vagas, seguido pela indústria com 79 mil; construção civil com 31 mil e outros setores com 16 mil. Já no comércio, ocorreram 5 mil demissões em variação considerada estável (-0,2%).

Quanto ao rendimento médio dos ocupados relativa a dezembro, a pesquisa apurou um aumento de 1,1% com valor de R$ 1.182,00. Já os assalariados tiveram um acréscimo um pouco inferior ao dos ocupados em geral com valor de R$ 1.246,00, 0,6% acima da média verificada, em novembro.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

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