Aumento começou a valer em fevereiro e será pago este mês | |
RAFAELA AGUIAR - Folha de Pernambuco | |
Ao pagar o salário referente ao mês de fevereiro, o empregador deve ficar atento no momento de fazer as contas de recolhimento previdenciário. Do total a ser descontado (8% da parte do empregado e 12% do empregador), o valor passará de R$ 83 para R$ 93. O vale transporte também sofre alterações, passando para R$ 27,90. Se o empregador tem férias a pagar, terá que pagar R$ 620, referentes aos R$ 465, pelos 30 dias, e R$ 155, um terço das férias. O FGTS opcional passará de R$ 33,20 para R$ 37,20. “Desde janeiro, estamos registrando demissões, devido ao aumento do salário”, disse a presidente do Sindicato dos Empregadores Domésticos, Eliane Macedo.
As prefeituras também não receberam muito bem essa notícia. O incremento causará um impacto mínimo de R$ 373 milhões. Esse levantamento foi feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que divulgou o estudo no início de fevereiro. Com a mudança, 118 municípios estão ameaçados de extrapolar o limite estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), principalmente aqueles localizados no Norte e Nordeste. O estudo da CNM apontou ainda que o número de municípios que ultrapassam o limite da lei passará de 103 para 130. A confederação ainda prevê a possibilidade de demissões ou redução dos custos em serviços públicos para conseguir aguentar o aumento do mínimo.
Para o comércio varejista, o aumento do salário mínimo só causará efeitos positivos. “Não haverá ingerência no piso salarial dos funcionários, que é um valor acima do mínimo. Passará despercebido pela folha de pagamento”, explicou o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife), Silvio Vasconcelos. O incremento nas folhas de pagamento só irá movimentar mais as vendas no comércio. “É bom para o comércio, pois há uma maior circulação da moeda e, principalmente, aumentará as vendas”, completou.
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