quinta-feira, 23 de abril de 2009

Porto Digital aprova projetos que somam cerca de R$ 20 milhões

Mais de R$ 20 milhões em investimentos deverão ajudar as empresas locais de tecnologia da informação e comunicação (TIC) nos próximos meses, além de funcionarem como atrativo a mais para novas companhias se instalarem no Porto Digital, maior polo do setor em Pernambuco e um dos maiores do país.

Pelo menos é nisto que acredita o presidente do Núcleo Gestor do Porto Digital, Francisco Saboya, que vai apresentar na próxima segunda-feira, às 11h, na sede do Porto Digital, 15 projetos (ou motivos) para ajudar no desenvolvimento das companhias instaladas no Recife Antigo. O dinheiro corresponde aos diversos projetos, nas mais diversas áreas, já aprovados pela administração do Porto Digital e que visam à capacitação e à qualificação da mão-de-obra e das empresas locais.

A verba vem, principalmente, dos programas e parcerias junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Ministério de Ciência e Tecnologia e o governo do Estado - podendo ser, na maioria dos casos, pleiteada nos próximos anos por todas as companhias embarcadas. Para isso, cada uma das interessadas deverá desenvolver o seu próprio projeto e dar entrada no NGPD - como se fosse solicitar uma linha de crédito voltada exclusivamente para o Porto Digital.

"Entramos numa nova fase, com uma série de novas possibilidades que começam a se tornar realidade. Até agora, atraíamos empresas apenas por causa de nossos bens intangíveis - como pelo fato de congregarmos diferentes pessoas e habilidades num mesmo lugar, mas queremos oferecer mais do que isto - como a melhoria dos nossos padrões de qualidade", explica Saboya.

Entre as possibilidades, o NGPD oferecerá crédito para formação de capital humano em tecnologia da informação (R$ 1,2 milhão), certificação de empresas (R$ 660 mil), incubação de projetos (R$ 1,2 milhão) e responsabilidade social (R$ 150 mil), além de infraestrutura em banda larga (R$ 456 mil) e requalificação imobiliária (R$ 1,1 milhão). Outras entidades deverão funcionar como parceiras, como o Centro de Informática (CIn) da Universidade Federal de Pernambuco (um dos responsáveis pelo programa de capacitação), o Softex Recife, o Sebrae e o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar).

Na hora de submeter os projetos, as empresas embarcadas terão ainda que garantir uma contrapartida de 50% de investimento no projeto (isto é, o NGPD entrará com 50% do custo e as companhias interessadas deverão entrar com os outros 50%), além de pleitearem propostas realmente inovadoras e de responsabilidade social. "Não estamos simplesmente dando dinheiro às empresas, mas conseguindo dinheiro para investir e ajudar a desenvolver todas aquelas embarcadas por aqui", completa Saboya.

Por Thiago Marinho, do Diario

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