terça-feira, 30 de junho de 2009

Professores vão passar a noite na Secretaria de Educação de Jaboatão

Os trabalhadores em Educação de Jaboatão dos Guararapes, em greve por tempo indeterminado há 30 dias, devem passar a noite na sede da Secretaria de Educação do município, no bairro de Piedade. Com colchonetes e comida, os servidores estão espalhados pelo pátio e pelos corredores da secretaria. Eles chegaram ao local na manhã desta terça-feira (1º) e só prometem sair após haver uma negociação com a Prefeitura.

De acordo com os sindicalistas, a manifestação acontece de maneira pacífica, com o cuidado para não haver depredação do patrimônio público e para alertar a população para o risco de comprometimento com o ano letivo diante do que chama de intransigência do governo municipal.

Os professores pedem a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério para todos os 2.500 professores da rede e a implantação do Plano de Cargos e Carreira dos servidores administrativos da Educação, conforme Lei Municipal 220/2008, aprovada em abril de 2008 e em vigor desde o dia 01/02/2009. Além disso, os trabalhadores reivindicam o descongelamento das progressões por tempo de serviço, titulação e por desempenho (congeladas desde novembro de 2008), pagamento do atrasado e a realização de concurso público imediato para professores e servidores administrativos da educação.

De acordo com o sindicato da categoria, o Sinproja, o município até o momento se nega a apresentar uma nova proposta e não quer negociar. Ainda segundo os sindicalistas, até agora, a Prefeitura de Jaboatão oferece o piso em forma de abono apenas para os professores que estão abaixo do piso, que representa 451 professores; congelamento dos salários dos professores que estão acima do piso que aguardariam estudo posterior, a não implantação do PCC dos servidores administrativos da educação; descongelamento das progressões sem pagamento dos atrasados e a realização de concurso público em dezembro apenas para professores.

Com a greve, 60 mil alunos de 104 escolas estão sem aula. A rede municipal possui 2,5 mil professores. A média salarial é de R$ 700.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR, com informações do repórter Vinícius Araújo

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