sexta-feira, 6 de março de 2009

Perigo: vírus chegam aos celulares

Eles podem chegar por meio de mensagens multimídia ou por arquivos e programas via bluetooth, entrar silenciosamente em seu telefone e roubar dados pessoais, como senhas, contatos e dados sigilosos. Ou simplesmente causar problemas triviais, como travar, descarregar ou mostrar imagens estranhas no display. Os famosos e temidos vírus e códigos maliciosos de computador foram aperfeiçoados e agora estão atrás também dos seus telefones. O alerta é feito pelas principais empresas de segurança no mundo e já é considerado a próxima tendência em cybercrime.

Os vírus para celulares existem desde 2004, mas com a popularização dos smarthphones, o surgimento de aparelhos mais inteligentes, como o iPhone, e a utilização crescente de internet nestes equipamentos, eles passaram a ser uma fonte preciosa de conteúdos. Além disso, diferente do computador, poucas pessoas sabem destes perigos e pouquíssimas se preocupam em manter atitudes cautelosas - o que acaba facilitando a atuação dos criminosos. Basta saber, contudo, que a maioria destes produtos já é como pequenas máquinas em miniatura - com processador e memória, por exemplo.

"O que acontece se eu deixar meu smartphone num táxi ou numa mesa em uma lanchonete? O que acontece se ele for roubado? Quem teria acesso a todos os seus contatos, mensagens e arquivos pessoais e comerciais?", indaga o site oficial da Kaspersky, uma das maiores empresas de segurança do planeta. Imagine, por exemplo, poder capturar algumas informações de um telefone e cobrar um resgate por elas, ou entrar sorrateiramente e roubar as senhas do seus banco ou, pior, copiar fotos e vídeos íntimas para fazer chantagens?

"O comportamento das pessoas na atualidade, a evolução da tecnologia, que está cada vez mais rápida, e o uso da internet em diversos tipos de equipamentos tem propicioado o aumento no número de vírus, que tem dobrado de quantidade anualmente. Neste sentido, as soluções de proteção também precisam ser mais e mais eficientese rápidas. Enquanto antes levávamos cinco minutos para escanear um computador, hoje já temos soluções que fazem isso em menos de um minuto", compara o presidente da Symantec no Brasil, criadora do sistema de antivírus Norton, Wagner Tadeu.

De acordo com a F-Secure, outra grande empresa de segurança, o número de códigos maliciosos, apenas para equipamentos móveis, cresceu pelo menos 1.000% nos últimos anos. Já são contabilizados mais de 360 tipos de vírus, sendo a grande maioria (80%) cavalos-de-tróia (aplicativos que criam brechas e possibilitam a entrada de hackers nos sistemas operacionais dos telefones).

Proteção - "O nosso principal investimento, contudo, está na conscientização dos usuários. Não adianta ter um bom antivírus em sua máquina, se você continua a baixar e a abrir programas e arquivos desconhecidos e suspeitos", completa Wagner. A maioria dos equipamentos (cerca de 70%) é contaminada via bluetooth, além de mensagens de texto (SMS) e multimídia (MMS). Por causa disso, as empresas de segurança aconselham não aceitar ou instalar arquivos desconhecidos (assim como já acontece por e-mail).

Algumas companhias, como a Kaspersky, ainda oferecem soluções de antivírus para smarthphones, como o Mobile Security, que bloqueia e protege os telefones contra spam e, mesmo se eles forem roubados, evita que pessoas tenham acessos aos dados confidenciais. Ele custa cerca de R$ 49 por ano. A Symantec também oferece uma opção do Norton para smarthphone por R$ 99 anual.

Por Thiago Marinho, do Diario

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