sexta-feira, 6 de março de 2009

Alepe homenageia médicos responsáveis pela cura de raiva humana

A equipe médica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, coordenada pelo intensivista Gustavo Trindade e responsável pelo único caso de cura de raiva humana no Recife, será homenageada nesta quinta-feira pela Assembléia Legislativa de Pernambuco. A sessão especial, proposta pelo deputado Isaltino Nascimento, acontece a partir das 15h no auditório do prédio anexo.

Na ocasião, os profissionais serão congratulados pelo tratamento do adolescente Marciano Menezes da Silva, o primeiro brasileiro a sobreviver ao vírus da raiva. A cerimônia contará com a presença da diretoria do hospital e do vice-governador João Lyra Neto. Marciano, apesar de curado da doença, continua internado na enfermaria do Hospital Universitário Oswaldo Cruz de onde não tem previsão de alta médica. O paciente deve apresentar sequelas e não deve voltar a andar.

Repercussão - A primeira experiência de cura de um paciente de raiva humana no Brasil, além de servir para a elaboração do primeiro protocolo nacional de combate à raiva humana, vai alterar o Protocolo norte-americano de Milwaukee, utilizado internacionalmente. Após redigido e revisado, o protocolo brasileiro será distribuído para as Secretarias de Saúde de todo o país. Além de se adequar à realidade brasileira, os procedimentos defendidos pelos médicos pernambucanos diferenças do protocolo americano quanto o uso de algumas drogas. Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado foram registrados três casos de raiva humana: um em Pernambuco, outro em Goiás, ambos transmitidos por morcegos, e o terceiro no Ceará, transmitido por um sagui.

O doutor Rodney Willoughby, médico americano idealizador do protocolo americano e que conseguiu a primeira cura de raiva humana no mundo, disse que o protocolo americano já está na segunda versão e que agora vai sofrer uma nova modificação com base nas experiências relatadas pelo mundo, entre elas a de Pernambuco e a de um menino de Goiás tratado em Brasília no ano passado, mas que não sobreviveu. Sobre o caso de Marciano, ele elogiou a atuação dos médicos e disse que o caso serviu para quebrar um tabu do protocolo, que defendia que o paciente iria a óbito se tomasse a vacina depois de estar infectado, procedimento que foi realizado com sucesso no Recife.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

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