domingo, 1 de junho de 2008

IBGE: 34,5 milhões de brasileiros vivem sem esgoto

Negros e pardos são as maiores vítimas da falta de saneamento


Do G1

Cruzamento de dados feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com informações do IBGE revela que 34,5 milhões de brasileiros moradores de áreas urbanas não têm acesso a coleta de esgoto e que 8,5% da população das cidades vivem em cortiços, com mais de três habitantes por cômodo.

Os negros e pardos são as maiores vítimas da falta de saneamento. O percentual de negros e pardos que moram em cidades e que não contam com rede de saneamento básico é quase o dobro do de brancos na mesma situação (35,9% contra 18,7%.).

O levantamento mostra, entretanto, uma melhora geral em relação às pessoas que têm acesso aos serviços simultâneos de saneamento (água, esgoto e coleta de resíduos). Em 2001, 70% dos moradores de áreas urbanas tinham serviços de saneamento; em 2006, esse número subiu para 73,2%.

Apesar da redução superior a 5 pontos percentuais de domicílios sem saneamento básico na região Norte e de mais de 2 pontos na Centro-Oeste em relação a 2001, mais da metade da população urbana dessas duas regiões não tem acesso ao serviço (59,5% na Norte e 53,1% na Centro-Oeste).

A região Sudeste é a de melhor desempenho nos dados, com 10,7% da população sem acesso a saneamento básico. Na média geral do Brasil, um em cada quatro moradores de cidades (26,8%) não tem rede de saneamento domiciliar.

Segundo a pesquisadora do Ipea Maria da Piedade, o Brasil deve atingir em breve a meta estabelecida pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio sobre a cobertura de acesso à água potável. Atualmente, 91% da população urbana têm acesso a água canalizada. A meta estabelecida é de 91,2% até 2015.

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